quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Campo de atuação da Psicopedagogia

Autora: Ana Michelle da R. C. Moura
Atendedo a necessidade da amiga Ana Maria do RJ, estou postando esse artigo, se você quer se aprofundar nesse tema uma ótima leitura é o livro:A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática da autora Nadia bossa.
O campo de atuação da Psicopedagogia é bem diversificado, o trabalho pode ser clínico (clinica) ou institucional (escola, empresas, hospitais).
A Psicopedagogia na instituição escolar analisa o processo de aprendizagem incluindo questões metodológicas, relacionais e socioculturais, englobando o ponto de vista de quem ensina e de quem aprende, envolvendo a participação da família e da sociedade. Trabalha com a formação de professores numa ação preventiva e procura encontrar novas formas de tornar essa formação mais eficiente. Visa colaborar com a instituição familiar, escolar, educativa em geral ou de saúde afim de que possam cumprir seu papel transmissor e construtor do conhecimento. Busca identificar os obstáculos de desenvolvimento do processo de aprendizagem por meio de técnicas específicas de análise institucional e pedagógica se propondo a estar atenta às inúmeras possibilidades de construção do conhecimento e valorizar o imenso universo de informações circundantes.

A Psicopedagogia Institucional Empresarial amplia as formas de treinamento, resgatando a visão do todas as múltiplas inteligências, trabalhando a criatividade e os diferentes caminhos para buscar saídas, desenvolvendo o imaginário, a função humanística e dos sentimentos na empresa, ao construir projetos e dialogar sobre eles.
A psicopedagogia institucional Hospitalar possibilita a aprendizagem, o lúdico e as oficinas psicopedagógicas com os internos, evitando o afastamento total da aprendizagem de pessoas que estão impossibilitadas do convívio escolar por período longo de tempo.
A Psicopedagogia clínica se refere à ação de um sujeito que trata outro sujeito, em uma relação na qual um procura conhecer o que impede o outro de aprender. Por isso implica uma temática muito complexa, esse saber exige do psicopedagogo a busca constante por muitas teorias que fundamentem a sua práxi. É importante que saiba de que modo se dá a aprendizagem, as influências afetivas e as representações inconscientes que o acompanham.
A prática clínica ocorre em um consultório com atendimento individual, grupal ou familiar ou instituições educativas e sanitárias. Segundo Bossa, 2007 p.27:
"No trabalho clínico, conceber o sujeito que aprende como um sujeito epistêmico-epistemofílico implica procedimentos diagnósticos e terapêuticos que considerem tal concepção. Por exemplo, no processo diagnóstico interessa-nos saber como e o que o sujeito pode aprender, e perceber o interjogo entre desejo de conhecer e o de ignorar. Para isso, é necessária uma leitura clínica na qual, por meio da escuta psicopedagógica, se possa decifrar os processos que dão sentido ao observado e norteiam a intervenção".

Para que se possa perceber esse interjogo, ter essa escuta diferenciada para assumir realmente uma atitude clínica é imprescindível que o psicopedagogo recorra a um conjunto de conhecimentos sobre “o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo” (BOSSA, 2007, p.27).
REFERÊCIA:
BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.3ed. Porto Alegre:artmed,2007.

Trabalhos manuais

Estou postando uma apostila com 35 idéias de trabalhos manuais que você pode trabalhar com as crianças. Para baixar clique na frase a baixo das imagens e mãos a obra!!!


quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Alfabeto de Encaixe

Para utilizar esse alfabeto basta:
  1. Imprimir em folha A4 mais grossa,
  2. Cortar as letras com estilete de forma que a criança encaixe a letra no lugar adequado.




segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Jogo da Memória

Alfabeto com a turma do Smilingüigo

Achei esse lino alfabeto com a turma do Smiligüido. Quer ele completo Clique aqui

Brincadeiras para volta as aulas

Onça Dorminhoca - Faixa etária: Educação infantil



Formar com o alunos uma grande roda. Cada criança fica dentro de um pequeno círculo desenhado sob os pés , exceto uma que ficará no centro da roda, deitada de olho fechado . Ela é a Onça dorminhoca.

Desenvolvimento: Todos os jogadores andam a vontade, saindo de seus lugares , exceto a onça dorminhoca que continua dormindo. Eles deverão desafiar a onça gritando: "Onça dorminhoca"! Inesperadamente, a onça acorda e corre para pegar um dos lugares assinalados no chão. Todas as outras crianças procuram fazer o mesmo. Quem ficar sem lugar será a nova Onça dorminhoca. Sugestão: O professor poderá proporcionar um e sudo sobre a onça, de acordo com o interesse das crianças : Quem já viu uma onça? Aonde? Quando? Como ela é? Como vive? O que come? Quem quer imitá-la? Confeccionar uma máscara de cartolina ou papelão para aquele que fará o papel da onça. Partindo deste estudo, a criança, quando for desenvolver a atividade, criará um personagem seu relativo à brincadeira.


Corrida do Elefante - Faixa etária: Educação infantil


As crianças andam à vontade pelo pátio. Uma delas separada, utiliza um braço segurando com a mão a ponta do nariz e o outro braço passando pelo espaço vazio formado pelo braço. (Imitando uma tromba de elefante).

Desenvolvimento: Ao sinal, o pegador sai a pegar os demais usando somente o braço que está livre ( O outro continua segurando o nariz ). Quem for tocado transforma-se também em elefante, logo, em pegador, adotando a mesma posição. Será vencedor o último a ser preso. Sugestão: A crianças , durante a brincadeira podem caminhar como um elefante.


Gangorra - Faixa etária: 4 a 6 anos


Dois jogadores sentam-se, um de frente para o outro, e apoiam as plantas dos pés . Eles devem segurar um bastão com as duas mãos . Ao soar o sinal, eles devem puxar o bastão cada um para seu lado tentando tirar o amigo do chão. Aquele que conseguir levantar o amigo ganha. Troque os pares e comece de novo. Faça com que as crianças sintam o peso do amigo que está na frente, observem a força que têm que fazer para levanta-lo, o músculo que se movem para que isso aconteça. Se você tiver um bastão grande, coloque três crianças de cada lado, o grupo que conseguir levantar o outro, ganha.


Quem é o fantasminha? Faixa etária: Educação Infantil


Dividir a turma em duas equipes . Uma deverá sair do local. Dado o sinal, a equipe que estiver fora mandará uma criança coberta com um lençol. A equipe tentará descobrir quem é a criança escondida. Se acertar, marca dois pontos .


Jogo da risadinha - Faixa etária: Educação Infantil


As crianças em círculo. Dado o sinal, um jogador dará uma risada. O companheiro da sua esquerda dará duas risadas . O terceiro, três risadas . E assim, sucessivamente. Quem não seguir a seqüência sairá do jogo.


Rouba rabo - Faixa etária: Educação Infantil


Os jogadores estarão no pátio, cada um com um rabo de barbante preso atrás . Dois jogadores serão o pagadores . Ao sinal eles deverão tirar o rabo da criança . Quem conseguir pegar mais rabos será o vencedor.


Dança dos banquinhos - Faixa etária: Educação Infantil


Fazer uma roda com banquinho e em número inferior(-1) ao número de criança Participante. Colocar uma música para tocar e todascomeçam a correr ou a dançar ao redor do banquinho, com a mão para trás, bem perto dele . Em dado momento, parar a música e cada criança deverá a sentar- se no banquinho que estiver mais próximo. Uma delas ficará sem assentar, devendo sair levando um banquinho. O jogo recomeça. Ganha a criança que conseguir a posse do último banquinho.


Voa, não voa... - Faixa etária: Educação Infantil


As crianças estarão assentadas em círculo. O professor falará o nome de uma ave, e as crianças deverão mover os braços e as mãos como se estivessem voando. Quando o professor falar o nome de algo que não voa, as crianças deverão ficar com os braços e mãos imobilizados . Quem errar sai da brincadeira ou paga uma prenda. Ex: " Borboleta voa? (Todo imitarão o vôo.)Jacaré voa?(Todo deverão ficar imóveis ). O professor deverá usar sua habilidade para enganar as crianças .


Qual a criança diferente? - Faixa etária: Educação Infantil


Formar um círculo com as crianças. Uma ficará fora da roda, voltada para a parede. Desenvolvimento: as crianças que estão na roda devem ficar na mesma posição, menos uma, que fica diferente das outras. Depois, a criança que estava de fora da roda deverá descobrir quem está diferente, devendo dizer a diferença notada. Escolhe-se outra criança para sair da roda, continuando a brincadeira.


Um, dois, três e já! - Faixa etária: Educação Infantil


Risca-se no chão uma linha de partida e, a uma certa distância, uma linha de chegada. As crianças devem ficar atrás da linha de partida.

Desenvolvimento: ao sinal de partida " um, dois e três "; as crianças correm para a frente até ouvirem a ordem " pare". Nesse momento, todos param a corrida e ficam parados no lugar. Novamente é repetida a ordem "um, dois e três " para ser, algum tempo depois , paralizada, continuando até que todos cheguem à linha final.


Correndo do canguru - Faixa etária: Educação Infantil


Preparação: crianças ao lado das outras em linha reta colocadas a uns 10 m de distância da linha de chegada (riscar com giz a linha de chegada).

Desenvolvimento: o professor deve dar o sinal e as crianças saem pulando como canguru, até a linha de chegada. Repetir a corrida pulando sobre a outra perna.


O gato e o rato - Faixa etária: Educação Infantil


Os alunos serão divididos em dois grupos: gato e rato . Iniciado o jogo, os ratos deixarão cair, por onde andarem, papel picado. Os gatos deverão ir atrás dos ratos recolhendo os papéis picados. A criança que recolher mais papéis vencerá o jogo.


Cadeiras com sapatos - Faixa etária: Educação Infantil


Ao sinal, o participante de olhos vendados , devem engatinhar procurando tênis ou sapato (que foram espalhados anteriormente), e a medida que são achados vão sendo colocados nos pés das cadeiras. Será considerado vencedor quem colocar mais calçados nos pés.

Modelo de Projeto de pesquisa

Esse é um modelo de projeto de pesquisa, partindo da folha de rosto até as referências bibliográficas.
Para ver as imagens em tamanho grande basta clicar sobre elas.
















sábado, 26 de dezembro de 2009

Estudo de caso baseado na Teoria dos Sistemas

Esse estudo de caso tem como ponto de partida para a sua análise psicopedagógica a Teoria Geral de Sistemas. Pois, considerou-se a necessidade de ampliar a visão de “aluno com dificuldades de aprendizagem” para a análise das relações estabelecidas nos sistemas família e
escola nos quais esse aluno está inserido.

Fundamentando-se na Teoria Geral de Sistemas de Bertalanffy apud Nunes o sistema é um conjunto de objetos com relações entre eles e seus atributos. Isso significa dizer que a criança é um objeto (pessoa/filho) que faz parte do conjunto de objetos(família). Cada objeto, ou seja, cada membro da família tem seus atributos, suas propriedades e características singulares que sofrem e recebem influência das relações intra-sistêmicas e inter-sistêmicas.

A teoria de sistemas foi proposta em meados de 1950 pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy (ALVAREZ, 1990). Em 1956 Ross Ashby introduziu o conceito na ciência cibernética. A pesquisa von Bertalanffy foi baseada numa visão diferente do reducionismo científico até então aplicada pela ciência convencional. Dizem alguns que foi uma reação contra o reducionismo e uma tentativa para criar a unificação científica.

Conceito

1.O Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objectivo e efetuam determinada função (OLIVEIRA, 2002, p. 35).
2. Sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interdependentes que interagem com objectivos comuns formando um todo, e onde cada um dos elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente. Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as partes e o comportamento do todo sejam o foco de atenção (ALVAREZ, 1990, p.17).
3. Sistema é um conjunto de partes coordenadas, formando um todo complexo ou unitário.

Baixe o estudo de caso clicando na imagem abaixo:


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

PIGET E A AFETIVIDADE

Autora: Ana Michelle da R.C. Moura.
1. Biografia de Piaget:
Jean Piaget nasceu em 1896, em Neuchâtel, Suíça e faleceu em 1980, aos 84 anos de idade.
Desde menino Piaget interessou-se por questões cientificas, estudando moluscos, pássaros, conchas Marinhas, e mecânica. Aos 10 anos, publicou as observações que fez sobre um pardal parcialmente albino e, aos 11 anos, começou a trabalhar, como assistente do diretor do museu de História Natural de sua cidade.

Concluiu seus estudos em Ciências naturais, em 1915 e, em 1918, doutorou-se nessa mesma área.
Interessado também por filosofia, encontro n leitura da obra de Bergson, A evolução criadora, elementos que o ajudaram a formular a questão à qual se dedicaria por toda vida: explicara forma pelo qual o homem atinge o conhecimento lógico-abstrato que distingue das outras espécies animais.
Embora se tratasse de uma questão meramente filosófica, a Piaget interessava abordá-la cientificamente. Ao longo do seu trabalho assumiu, então, o desafio de construir uma teoria de conhecimento baseada na biologia em que as especulações filosóficas estivessem ancoradas na pesquisa empírica. O elo que Piaget encontrou entre a filosofia e a biologia foi a psicologia do desenvolvimento.
A elaboração da teoria explicativa da gênese do conhecimento no homem levou Piaget a formular propostas teóricas e metodológicas inovadoras quanto a natureza dos processos de desenvolvimento da criança e que contrariavam as teses do inatismo-maturacionismo e do comportamentalismo.
O fundamento básico de sua concepção do funcionamento intelectual e do desenvolvimento cognitivo é o de que as relações entre o organismo e o meio são relações de troca, pelas quais o organismo adapta-se ao meio e, ao mesmo tempo, o assimila, de acordo com as suas estruturas, num processo de equilibrações sucessivas. Determinar as contribuições das atividades do indivíduo e das restrições do ambiente na aquisição do conhecimento foi o foco do seu trabalho experimental.
No período de 1921 a 1925, Piaget concentrou-se na coleta de dados que permitissem esboçar os princípios e os fundamentos de sua teoria do conhecimento. Abordou temas gerais, como a relação entre pensamento e linguagem (1923), o desenvolvimento, na criança do julgamento e do raciocínio (1924), da representação do mundo(1926), da casualidade física (1927) e do julgamento moral (1927). Esses estudos foram retomados, revistos e aprofundados ao logo das décadas seguintes.
No período d 1925 a 1931 com o nascimento de seus três filhos, Piaget dedicou-se a observação meticulosa do desenvolvimento dos bebês elaborando análises sobre a construção do real e do desenvolvimento da inteligência.
Na década de 30, ajudado por seus colaboradores, concentro a pesquisa na gênese, das noções de quantidade, número tempo, espaço, velocidade, movimento, mensuração, lógica e probabilidade. Na década de 40, abordou o desenvolvimento da percepção.
A partir dos anos 50, Piaget , voltou-se pra a sistematização teórica da epistemologia genética, deixando a seus colaboradores os estudos em psicologia. Em 1955 fundou o centro Internacional de Epstemologia Genética, onde reuniu cientistas de diferentes áreas (matemáticos, biólogos, psicólogos, lógicos), interessados em pesquisar problemas epstemológicos.
Na década de 70, já trabalhando exclusivamente nas pesquisas do Centro de Epstemologia, Piaget dedicou-se a investigação dos mecanismos de transição que impulsionam e explicam a evolução do desenvolvimento cognitivo.
Sua vasta produção é um marco de enorme importância para a psicologia e para estudos do homem no século XX.” (FONTANA e CRUZ, 1997)
2. Piaget e o desenvolvimento das emoções e afetividade:

Diante a biografia de Piaget e da grande importância de suas pesquisas não somente para a psicologia, mas também para a pedagogia, embora seu foco não tenha sido esse, Piaget fez um estudo bastante profundo quanto o desenvolvimento cognitivo, levando em consideração e pesquisando também o desenvolvimento das emoções e da afetividade nos sujeitos. E fundamenta esse desenvolvimento nas mesmas bases do desenvolvimento da inteligência.

O sujeito precisa atingir a maturidade biológica para desenvolver a sua afetividade, esse desenvolvimento está diretamente ligado aos estágios percorridos pela criança na sua teoria.
A base do desenvolvimento Intelectual está na união de aspectos cognitivos cognitivos que para os afetivos por Piaget ter escrito menos sobre esse ultimo e também por o estudo científico do aspecto afetivo ser mais difícil que o estudo das estruturas cognitivas.

Para Piaget existe como já foi citado anteriormente, um processo de Assimilação, acomodação e desequilibração pra que sejam formados esquemas de pensamentos das crianças, essa desequilibração é necessária para o desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança. O desequilíbrio ocorre quando uma experiência ou pensamento são inconsistentes com o que os esquemas da criança podem dizer no momento e a experiência ou pensamento podem esperar. Estas decisões importantes são tomadas em função do afeto. Não existem padrões de comportamentos, por mais intelectuais que sejam que não compreenda padrões afetivos como “motivos”(PIAGET E INHELDER 1969,p.158).

“Metaforicamente” falando a afetividade decide quais idéias “vivem” ou quais “morrem”(BROWN E WEISS 1987, p.80)

Para Piaget os conceitos morais são construídos da mesma forma que os conceitos cognitivos.

No 1º mês de vida é o período da atividade reflexiva. O afeto = a reflexos.

Após o 4º mês de vida a criança sai da repetição de um comportamento para uma intencionalidade.

No 2º ano de vida os sentimentos começam a ter um papel na determinação dos meios usados para alcançar os fins.(sentimentos gostar e não gostar)

Pré-operacional (2 a 7 anos): primeiros sentimentos sociais decorrentes da linguagem e representação.

Para Piaget existem três características da norma moral: a generalização; dura além das situações e das condições que a geraram e por ultimo está ligada a sentimentos de autonomia.Estas normas não estão plenamente realizadas até o estágio operacional concreto.
Nessa fase a perspectiva moral o respeito é unilateral(por autoridade).

Pré operacional: As crianças acreditam na moral do olho por olho dente por dente, como o raciocínio é semilógico o raciocínio moral também e semilógico. As regras do jogo são por adesão rígida, absolutas, imutáveis.

Operacional concreto: O raciocínio e pensamentos são mais estáveis. Os afetos adquirem uma medida de estabilidade e consistência que não apresentavam antes.
Com aquisição da reversibilidade a criança torna-se capaz de coordenar seus pensamentos afetivos de um evento para o outro.
Segundo Piaget existe dois elementos fundamentais no desenvolvimento, nessa fase, à vontade e a autonomia. Outro ponto importante e que o respeito multou rege a perspectiva moral e as regras do jogo são para um jogo correto, existe também a formação do conceito de intencionalidade.

Operações formais 11 a 12 anos em diante: O desenvolvimento afetivo caracterizado por desenvolvimento dos sentimentos idealistas e a construção da formação da personalidade, vendo a personalidade diferentemente do eu. A personalidade é resultado dos esforços individuais autônomos para se adaptar ao mundo social adulto.
Nessa fase o adolescente já tem seus próprios sentimentos ou ponto de vista sobre as pessoas.
As regras passam a ser vistas como fixadas a qualquer momento por um acordo mútuo. Sobre punição com equidade (considera-se as intenções e as circunstâncias atenuantes.)
É de suma importância para o psicopedagogo ter conhecimento dessas fases de desenvolvimento cognitivo e afetivo, assim como saber que estão estritamente ligados um ao outro. Pois muitos problemas de aprendizagem estão relacionados a esses aspectos. Sendo assim, fica mais fácil reconhecer as crianças nas respectivas fases em que se encontram e suas características.

RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO

Nas últimas décadas muitas coisas influenciaram a Educação. Uma delas foi a emancipação da mulher, antes maior responsável pela criação, cuidados e educação dos filhos. Hoje, a mulher deixa a sua casa e disputa, de igual para igual com o homem, o seu espaço no mercado de trabalho. As meninas já não brincam só de bonecas e casinhas, as moças não sonham só com um príncipe encantado, elas querem igualdade de deveres e direitos.

Com toda essa reviravolta, para quem fica a responsabilidade de educar? Para a escola? Sim. A escola vem assumindo papéis antes destinados à mulher e ao seio familiar. E, talvez por esse acréscimo nas suas obrigações, não esteja acompanhando o avanço social e não esteja cumprindo com o que pais e sociedade esperam dela: a completa formação do ser humano e cidadão.

Como profissional o professor tem o dever de apresentar seu produto (aluno-cidadão) da forma que o cliente (pais e sociedade) desejam. Sempre foi assim: a escola forma pessoas nos moldes esperados pela sociedade. Por isso passamos por escolas tecnicistas, bancárias, renovadoras, tradicionais, construtivistas etc, dependendo do momento vivido pelo país ou pelo mundo.
Precisamos reconstruir uma nova escola resultante da fusão entre a escola antiga e a atual, capaz de formar mentes pensantes, com conteúdo e voltada para formação profissional e desenvolvimento do homem enquanto ser afetivo, emocional, religioso etc.

Baseado nessa realidade ocorre que há a necessidade de um novo profissional da Educação. Um profissional que esteja preparado para propiciar a seus pupilos as mais variadas situações que lhes permitam desenvolver suas competências e habilidades da forma mais perfeita possível, garantindo sua formação completa. Assim, a relação professor-aluno se torna tema fundamental de discussão nas reuniões de planejamento, nas escolas, nas universidades e em todos os lugares onde se debata melhoria da Educação.

Conforme CURY (2003) os professores precisam deixar de serem bons e se tornarem fascinantes para que suas aulas e conteúdos façam sentido e possam ser assimilados por seus alunos. Diz também que são sete os pecados capitais dos professores:
1. Corrigir publicamente
Causa um clima desagradável para todos os presentes, além do trauma que a pessoa terá que enfrentar dali em diante. O ideal continua sendo conversar e levar a pessoa a refletir sobre seu ato em particular;
2. Expressar autoridade com agressividade
A autoridade dos pais e professores deve ser conquistada com inteligência e amor. Expressar autoridade com agressividade nos faz ser respeitados por temor e não pelo reconhecimento do nosso caráter;
3. Ser excessivamente crítico, obstruindo a infância da criança
Através dos erros e falhas também aprendemos. Devemos deixar nossos filhos e alunos experimentarem, errarem, para poderem pensar a respeito e descobrirem o mundo que os rodeia. Crianças se desenvolvem através de brincadeiras, corridas, quedas e travessuras. Enclausurar um criança num conjunto de regras adultas só contribui para que ela seja um adulto infeliz;
4. Punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações
Punir num momento de ira significa que você está tentando se vingar do erro do seu filho ou aluno. Busque sempre compreender a situação e leve a criança a refletir sobre o que fez. As explicações são sempre necessárias. Mesmo que você parta para punição física, esta deve ter um valor simbólico que a criança tem de compreender;
5. Ser impaciente e desistir de educar
Quando o jovem ou a criança parece não ter jeito, falta-nos paciência. As dores vividas por eles e seus pedidos de ajuda, carinho e conforto são das mais variadas formas, até com agressividade. Nessas horas, temos que acreditar e investir para que não se percam nos seus mundos de sofrimento;
6. Não cumprir com a palavra
Saber dar um não é uma forma de educar as emoções, desde que uma vez dada a palavra, esta não volte atrás. As frustrações vividas por um não recebido ensinam ao jovem que nem tudo que ele desejar, obrigatoriamente alcançará. Devemos sempre cumprir com o que prometemos ou falamos, do contrário, cairemos em descrédito e estaremos deixando nossos filhos e alunos despreparados para esse tipo de situação em suas vidas;
7. Destruir a esperança e os sonhos
Com sonhos e esperanças temos razões para viver. O jovem sem motivação torna-se opaco, sem alegria. Como educadores das emoções, jamais devemos fazer críticas severas às pessoas.

Para FURLANI (1995), as características afetivas, culturais e de personalidade do professor se problematizam, originando modelos através dos quais ele se situa em relação ao aluno:
  • Modelos autoritários
    Ausência total de diálogo. O professor é aquele que sabe, que ensina, que fala, que informa, que transmite os conhecimentos para o aluno, que é passivo, um mero recebedor de conteúdos;
  • Modelos permissivos
    Total liberdade de expressão. Os alunos são ouvidos e observados, mas não há imposição de limites, um direcionamento dado pelo professor, uma vez que faltam objetivos educacionais mínimos estipulados em planejamento para serem atingidos;
  • Modelos democráticos
    O meio-termo entre os modelos permissivos e os autoritários. Aqui há a existência do diálogo, o conhecimento é desenvolvido, elaborado e reelaborado a partir da interação entre o professor e o aluno, tendo por base suas experiências.
    Para FURLANI (1995) o modelo democrático ainda é uma utopia, ainda encontra obstáculos para ser implantado nas escolas, pois a própria sociedade brasileira é cheia de modelos permissivos e autoritários que influenciam a vivência dos alunos.

A realidade é que o mundo e a educação do tempo de nossos pais e avós não são mais possíveis de serem revividos. Porém, como diz CHALITA (2003), os valores do amor, da amizade, do idealismo, da coragem, da esperança, do trabalho, da humildade, da sabedoria, do respeito e da solidariedade precisam ser resgatados, ensinados, apropriados por todos que gostariam de, um dia, voltar aos tempos de infância.
Como relata BOFF (1999), há um descaso pela vida das crianças, pelo destino dos pobres e marginalizados, pelos desempregados e aposentados, um descuido e abandono dos sonhos de generosidade, da sociabilidade, um descaso pela dimensão espiritual do ser humano, pela coisa pública, pela vida, pela Terra ... enfim, há que haver uma nova aliança de paz entre o homem e todas as demais espécies da Terra na expectativa de salvarmos a nós mesmos e a nossa casa.
No entanto, neste mundo globalizado, onde cada um luta por si, para sobreviver, os valores vão sendo, pouco a pouco, esquecidos e a vida virando um caos. Precisamos, de acordo com CHALITA (2003), deixar que a fantasia e a energia da criança interior de cada um de nós esteja sempre presente, ajudando-nos – pais e professores – a formar, informar, transmitir saberes e afeto para que não deixemos de ser humanos, capazes de sentir, de cuidar, de amar.

Autor:José Robério de Sousa Almeida.

REFERÊNCIAS:

BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela Terra. Petrópolis, Rio de Janeiro: Ed. Vozes. 1999.
FURLANI, L. M. T. Autoridade do professor: meta, mito ou nada disso? 4 ed. São Paulo: Cortez Editora. 1995.
GOTTMAN, J.; DECLAIRE, J. Inteligência Emocional. 34 ed. Rio de Janeiro: Objetiva. 1997
CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Ed. Sextante. 2003
CHALITA, G. Pedagogia do amor: a contribuição das histórias universais para a formação de valores das novas gerações. São Paulo: Ed. Gente. 2003.

Desenvolvimento da Afetividade

Esse quadro é um resumo do desenvolvimento da afetividade segundo Piaget.
Para ler clique na imagem e ela ficará maior.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Projeto de Pesquisa

O que é o projeto de pesquisa?
  • É o momento em que você irá planejar sua pesquisa;

  • Você ainda não possui um grande conhecimento sobre o tema estudado, não o conhece em pormenores;

  • Entretanto, você conhece algumas coisas sobre o tema, geralmente já realizou alguma(s) observação(ões) e possui alguma(s) hipótese(s);

QUAIS SÃO OS PASSOS PARA SE REALIZAR UM PROJETO?

  • Primeiro você deve ter uma hipótese de pesquisa;
  • Depois você deve ler outros trabalhos de pessoas que realizaram pesquisas em áreas semelhantes;
  • Avaliar a viabilidade financeira e científica do projeto;
  • Deve avaliar a possibilidade de orientação dentro do tema.

A REDAÇÃO DO PROJETO

  • Tendo levantado isso pode-se partir para a redação do projeto que deve conter:
  • Introdução
  • Justificativa
  • Problema de pesquisa
  • Objetivos
  • Revisão da Literatura
  • Materiais e Métodos
  • Referências

INTRODUÇÃO

  • A introdução é uma breve apresentação do tema. Ela não precisa ser muito didática, uma vez que o projeto se destina não a leigos, mas a um público especializado;
  • É o primeiro contato do leitor do seu projeto com o tema que você irá desenvolver;

JUSTIFICATIVA

  • Nem sempre é utilizada em projetos tecnológicos;
  • É o momento em que você apresenta a necessidade de se desenvolver a pesquisa que se está propondo;
  • Afinal de contas, pesquisar o que não é inédito não vale a pena...

PROBLEMA DE PESQUISA

  • Também nem sempre é solicitado em projetos da área tecnológica;
  • É onde você expõe de maneira prolixa o problema que será desenvolvido na pesquisa.
  • Por exemplo se o projeto pretende analisar poluição em um córrego, é nesse momento que isso será expresso.

OBJETIVOS

  • Obrigatório em todo tipo de projeto;
  • Se expõe de maneira sintética e em tópicos o que se quer realizar com a pesquisa;
  • Geralmente dividem-se em GERAL e ESPECÍFICOS;
  • O OBJETIVO GERAL expõe o que se quer com a pesquisa como um TODO;
  • Os OBJETIVOS ESPECÍFICOS expõe mais detalhadamente os passos e questões que a pesquisa responderá;
  • Recomenda-se 3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS no projeto apenas.

REVISÃO DA LITERATURA

  • É o momento em que você discutirá os demais trabalhos que tratam de temas semelhantes àquele que se está pesquisando;
  • Talvez seja um dos momentos mais importantes de uma pesquisa, pois é aqui que você mostra o ineditismo do tema que se está desenvolvendo.

MATERIAIS E MÉTODOS

  • Neste espaço, você apresentará os materiais com quais lidará na pesquisa;
  • Detalhará o EXPERIMENTO que será utilizado;
  • Enfim, toda a metodologia a ser adotada, ou seja, como a pesquisa será, de fato, realizada.

REFERÊNCIAS

  • Nesse último item você apresentará as referências das obras e materiais consultados para a escrita do projeto.

Clique aqui e veja vários Modelos de projetos de pesquisa em Psicopedagogia.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Fracasso Escolar














segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Alfabetizar letrando

Na alfabetização é de suma importância que exista a contextualização do que será lido e escrito, para que a criança compreenda melhor esse novo mundo que lhe é apresentado.
É preciso que a criança compreenda que ler e escrever faz parte do nosso cotidiano e fazer relações da leitura e escrita com situações vivênciais facilitará a sua alfabetização.

Atividades para alfabetização:







Para fazer baixar o material completo Amágica das letras vl.2 Clique aqui

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Consciência Fonológica

Autora: Fonoaudióloga Lilian Cristine Ribeiro Nascimento, CRFa. 4636, Mestre e Doutoranda em Educação pela Unicamp.





Introdução

Denomina-se consciência fonológica a habilidade metalinguística de tomada de consciência das características formais da linguagem. Esta habilidade compreende dois níveis:

1. A consciência de que a língua falada pode ser segmentada em unidades distintas, ou seja, a frase pode ser segmentada em palavras; as palavras, em sílabas e as sílabas, em fonemas.
2. A consciência de que essas mesmas unidades repetem-se em diferentes palavras faladas.(Byrne e Fielding-Barnsley, 1989).

Diferentes pesquisas têm apontado o papel do desenvolvimento da consciência fonológica para a aquisição da leitura e escrita. Estas pesquisas referem que o desempenho das crianças na fase pré-escolar em determinadas tarefas de consciência fonológica é preditivo de seu sucesso ou fracasso na aquisição e desenvolvimento da lecto-escrita (Juel, Griffith e Gough, 1986; Stanovich, Cunningham e Cramer, 1984; Capovilla, 1999; Guimarães, 2003). Crianças com dificuldades em consciência fonológica geralmente apresentam atraso na aquisição da leitura e escrita, e procedimentos para desenvolver a consciência fonológica podem ajudar as crianças com dificuldades na escrita a superá-los (Capovilla e Capovilla, 2000).

A consciência fonológica, ou o conhecimento acerca da estrutura sonora da linguagem, desenvolve-se nas crianças ouvintes no contato destas com a linguagem oral de sua comunidade. É na relação dela com diferentes formas de expressão oral que essa habilidade metalingüística desenvolve-se, desde que a criança se vê imersa no mundo lingüístico. Diferentes formas lingüísticas a que qualquer criança é exposta dentro de uma cultura vão formando sua consciência fonológica, entre elas destacamos as músicas, cantigas de roda, poesias, parlendas, jogos orais, e a fala, propriamente dita.

As sub-halidades da consciência fonológica são:

  • Rimas e aliterações
  • Consciência de palavras
  • Consciência silábica
  • Consciência fonêmica

Rima e Aliterações

A rima representa a correspondência fonêmica entre duas palavras a partir da vogal da sílaba tônica. Por exemplo, para rimar com a palavra SAPATO, a palavra deve terminar em ATO, pois a palavra é paroxítona, mas para rimar com CAFÉ, a palavra precisa terminar somente em É, visto que a palavra é oxítona. A equidade deve ser sonora e não necessariamente gráfica, ou seja, as palavras OSSO e PESCOÇO rimam, pois o som em que terminam é igual, independente da forma ortográfica.
Já a aliteração, também recurso poético, como a rima, representa a repetição da mesma sílaba ou fonema na posição inicial das palavras. Os trava-línguas são um bom exemplo de utilização da aliteração, pois repetem, no decorrer da frase, várias vezes o mesmo fonema.

Os pesquisadores Goswami e Bryant (1997) realizaram estudos a respeito da consciência fonológica e comprovaram que a habilidade de detectar rima e aliteração é preditora do progresso na aquisição da leitura e escrita. Isto ocorre, porque a capacidade de perceber semelhanças sonoras no início ou no final das palavras permite fazer conexões entre os grafemas e os fonemas que eles representam, ou seja, favorece a generalização destas relações.

É comum vermos crianças de 4 ou 5 anos brincando com nomes dos colegas em jogos de rimas como: "Gabriel cara de pastel, Fabiana cara de banana". Mesmo sem saber que isto é uma rima, a brincadeira espontânea das crianças atesta sua capacidade de consciência fonológica.

Consciência de palavras

Também chamada de consciência sintática, representa a capacidade de segmentar a frase em palavras e, além disso, perceber a relação entre elas e organizá-las numa seqüência que dê sentido. Esta habilidade tem influência mais precisa na produção de textos e não no processo inicial de aquisição de escrita. Ela permite focalizar as palavras enquanto categorias gramaticais e sua posição na frase. Contar o número de palavras numa frase, referindo-o verbalmente ou batendo uma palma para cada palavra, é uma atividade de consciência de palavras. Por exemplo: Quantas palavras há na frase: "O cachorro correu atrás do gato?" Ao responder corretamente esta questão ou batendo uma palma para cada palavra, enquanto repete a frase, a criança demonstra sua habilidade de consciência sintática. Além disso, ordenar corretamente uma oração ouvida com as palavras desordenadas também é uma capacidade que depende desta habilidade.

Déficit nesta habilidade pode levar a erros na escrita do tipo aglutinações de palavras e separações inadequadas. Embora esses erros sejam comuns no processo inicial de aquisição da escrita, como por exemplo, escrever: OGATO (aglutinação) ou SABO NETE (separação), a persistência destes tipos de erros pode ser motivada por uma dificuldade de consciência sintática. Esta habilidade implica numa capacidade de análise e síntese auditiva da frase.

Consciência da sílaba

Consiste na capacidade de segmentar a palavras em sílabas. Esta habilidade depende da capacidade de realizar análise e síntese vocabular. Segundo o dicionário Michaelis, a análise é a decomposição em elementos constituintes (neste caso, a sílaba) e a síntese é a operação mental pela qual se constrói um sistema; agrupamento de fatos particulares em um todo que os abrange e os resume (aqui, a palavra).

Zorzi (2003) faz uma análise da psicogênese da escrita relacionando-a com o desenvolvimento das habilidades de consciência fonológica. Segundo o autor, a criança só avança para a fase silábica de escrita (de acordo com a classificação de Emília Ferrero), quando se torna atenta às características sonoras da palavra, especialmente quando ela chega ao nível do conhecimento da sílaba.

Atividades como contar o número de sílabas; dizer qual é a sílaba inicial, medial ou final de uma determinada palavra; subtrair uma sílaba das palavras, formando novos vocábulos, são dependentes esta subhabilidade da consciência fonológica.

Consciência fonêmica

Consiste na capacidade de analisar os fonemas que compõe a palavra. Tal capacidade, a mais refinada da consciência fonológica, é também a última a ser adquirida pela criança.

É no processo de aquisição da escrita que esse tipo específico de habilidade passa a se desenvolver. As escritas de um sistema alfabético, como o português, o inglês e o francês, por exemplo, permitem que os indivíduos tomem contato com as estruturas mínimas do linguagem: os fonemas; o que não é possível num sistema de escrita silábico ou ideográfico.

Desta forma, percebemos que um certo nível de consciência fonológica é imprescindível para a aquisição da lectoescrita, ao mesmo tempo em que, com domínio da escrita, a consciência fonológica se aprimora. Ou seja, estágios iniciais da consciência fonológica contribuem para o desenvolvimento dos estágios iniciais do processo de leitura e estes, por sua vez, contribuem para o desenvolvimento de habilidades de consciência fonológica mais complexas.

Atividades como dizer quais ou quantos fonemas formam uma palavra; descobrir qual a palavra está sendo dita por outra pessoa unindo os fonemas por ela emitidos; formar um novo vocábulo subtraindo o fonema inicial da palavra (por exemplo, omitindo o fonema /k/ da palavra CASA, forma-se a palavra ASA), são exemplos em que se utiliza a consciência fonêmica.

A consciência fonológica associada ao conhecimento das regras de correspondência entre grafemas e fonemas permite à criança uma aquisição da escrita com maior facilidade, uma vez que possibilita a generalização e memorização destas relações (som-letra).

Como referi anteriormente, muitas pesquisas apontam que grande parte das dificuldades das crianças na leitura e escrita está relacionada com problemas na consciência fonológica. Partindo desta afirmação podemos derivar algumas implicações educacionais.

Tais estudos sugerem que a crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem de leitura e escrita devem participar de atividades para desenvolver a consciência fonológica, em programas de reforço escolar ou terapias com profissionais especializados, como fonoaudiólogo ou psicopedagogo. Além disso, as escolas podem desenvolver desde a pré-escola, atividades de consciência fonológica com objetivo preventivo, a fim de minimizar as possíveis dificuldades futuras na aquisição da escrita (Guimarães, 2003).


Referências Bibliográficas:

BYRNE, B. E FIELDING-BARNSLEY, R. Phonemic awareness and letter knowledge in child's acquisition of the alphabetic principle. In Journal of Educational Psychology, 81 (3), pp. 313-321, 1989

CAPOVILLA, A.G.S. Leitura, escrita e consciência fonológica: desenvolvimento, intercorrelações e intervenções. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999

CAPOVILLA, A. G. S. e CAPOVILLA, F.C. Problemas de Leitura e escrita. Como identificar, preveni e remediar numa abordagem fônica. São Paulo, Memnon, 2000
GOSWAMI, U. e BRYANT, P. Phonological skills and learning to read. Hove, UK: Psychology Press Ltd, 1997

GUIMARÃES, S.R.K. Dificuldades no Desenvolvimento da Lectoescrita: O papel das Habilidades Metalingüísticas. In Psicologia: Teoria e Pesquisa. Jan-Abr 2003, vol 19 n. 1. Pp. 33 - 45

JUEL, C., GRIFFITH, P.L. e GOUGH, P.B. Aquisicion of Literacy: A longitudinla study of children in first and second grade. In Journal of Educational Psychology, 78 (4), pp. 243-255, 1986

STANOVICH, K.E. CUNNINGHAM, A.E. e CRAMER,B.B. Assessing phonological awarenwss in kindergarten children: issues of task comparability. In Journal of Experimental Child Psychology, 38, pp. 175-190, 1984

ZORZI, J. L. Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita: Questões clínicas e educacionais. Porto Alegre: Artmed, 2003

Fonte: http://www.fonoesaude.org/consfonologica.htm

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS



Segundo Howard Gardner(Margens da Mente: A Teoria de inteligências Múltiplas, em 1983) "a inteligência é a capacidade de resolver problemas cotidianos, para gerar novos problemas, para criar produtos ou para oferecer serviços dentro do próprio ambito cultural".

Existem pessoas com uma grande capacidade intelectual, porém incapaz de fazer muitos amigos. Ao contrário existem pessoas bem secedidas nos negócios, mas na vida acadêmica não se sai muito bem. Se sair bem em cada uma dessas áres exige inteligência, mas em cada área utiliamos um tipo de inteligência diferente. Para entender melhor por que seu aluno se sai bem em determinado conhecimento, mas não em outros. E para aprender como traçar caminhos para fezê-lo se sair melhor em uma área onde possui maoir dificuldade, leia com atenção algumas dos tipos de inteligências e veja qual a melhor forma de trabalhar para que esse aluno aprenda melhor:

  • Área Linguístico-verbal

SE DESTACA EM: Leitura, escrita, narração de histórias, memorização de datas, pensar em palavras.

GOSTA DE:Ler, escrever, contar histórias, falar, memorizar, montar quebra-cabeças.

APRENDE MELHOR:Lendo, escutando e vendo palavras, falando, escrevendo, discutindo e debatendo.

  • Lógico-matemática

SE DESTACA EM: Matemática, raciocínio, lógica, solução de problemas, pautas

GOSTA DE: resolver problemas, questionar, trabalhar com números, experimentar.

APRENDE MELHOR: Usando pautas e relações, classificando, trabalhando com o abstrato.

  • Espacial

SE DESTACA EM:Leitura de mapas, gráficos, desenho, labirintos, quebra-cabeças, imaginação de coisas, visualização.

GOSTA DE : desenhar, construir, criar, sonhar acordado, olhar desenhos.

APRENDE MELHOR:trabalhando com desenhos e cores, visualizando, usando seu olho mental, desenhando.

  • Corporal-cinéstésica

SE DESTACA EM: atletismo, dança, arte dramática, trabalhos manuais, utilização de ferramentas.

GOSTA DE : Mover-se, tocar e falar, linguagem corporal.

APRENDE MELHOR: Tocando, movendo-se, processando informações por meio das sensações corporais.

  • Musical

SE DESTACA EM: cantar, reconhecer sons, recordar melodias, ritmos;

GOSTA DE : Cantar, cantarolar, tocar um instrumento, escutar música,

APRENDE MELHOR: pelo ritmo, pela melodia,cantando, ecutando músicas e melodias.

  • Interpessoal

SE DESTACA EM:Enteder as pessoas, liderando, organizando, comunicando, resolvendo onflitos, vendendo.

GOSTA DE: Ter amifos, falar com pessoas, juntar-se com pessoas.

APRENDE MELHOR: Compartilhando, comparando, relacionando, entrevistando, cooperando.

  • Intrapessoal

SE DESTACA EM: Enteder a si mesmo, reconhecer seus pontos fortes e fracos, estabelecendo objetivos.

GOSTA DE: Trabalhos sozinhos, refletir, seguir seus interesses.

APRENDE MELHOR: Trabalhando sozinho, fazendo projetos no seu próprio rítmo, tendo espaço e refletindo.

  • Naturalista

SE DESTACA EM: Entender a natureza, fazendo distinções, identificando fauna e a flora.

GOSTA DE : Participar com a natureza, fazendo distinções

APRENDE MELHOR: Trabalhar no meio natural, explorar os seres vivos, aprende sobre plantas e temas relacionados com a natureza.


MORA, Estela. Psicopedagogia infanto-adolescente: guia de orientações para pais e ducadores. Grupo Cultural.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Como fazer citações em trabalhos Ciêntíficos



Em todo o tipo de trabalho ou criação de projetos, acabamos copiando ou emprestando parte do conhecimento de outras pessoas. Entretanto, isso não ocorre porque não tivemos a capacidade de pensar em algo do gênero antes, mas sim porque existem fontes que realmente servem como base para desenvolver um trabalho, e, conseqüentemente, devem ser usadas e consultadas.


O importante é você citar a fonte, ou seja identificar o local de onde você colheu a informação. Fazendo isso estará dando ao seu trabalho credibilidade e dando o devido crédito ao autor da idéia.


Existem três tipos de citação propriamente ditos, além das notas de referência e de rodapé: citação direta, citação indireta e citação de citação.

  • Citação Direta
    A citação direta é a transcrição textual fiel de parte de um conteúdo de uma obra, ou seja, durante a elaboração de um trabalho acadêmico, por exemplo, foi necessário consultar um autor específico e, para o seu trabalho, alguma frase foi importante. Nesse caso, você vai copiá-la, mas vai citá-la. Por ser a transcrição exata de uma frase/parágrafo de um texto, a frase/parágrafo em questão será apresentada entre aspas duplas, podendo assumir duas formas:

1. Citando e referenciando: a chamada pelo nome do autor, quando feita no final da citação, deve apresentar-se entre parênteses, contendo o sobrenome do autor em letra maiúscula, seguido pelo ano de publicação e página em que o texto se encontra.

Exemplo 1:“Não saber usar a internet em um futuro próximo será como não saber abrir um livro ou acender um fogão, não sabermos algo que nos permita viver a cidadania na sua completitude” (VAZ, 2008, p. 63).

2. Referenciando e citando: a citação a seguir foi feita como sendo um parágrafo do texto. Assim, o sobrenome do autor deve ser digitado normalmente, com a primeira letra em maiúscula e as demais em minúsculo, seguido do ano e página em que o texto se encontra, sendo estas informações apesentadas entre parênteses.

Exemplo 2:Segundo Vaz (2008, p. 63) “não saber usar a internet em um futuro próximo será como não saber abrir um livro ou acender um fogão, não sabermos algo que nos permita viver a cidadania na sua completitude”.

Como você pode ver, a citação direta é a cópia exata de um texto. Caso o documento original contenha algum tipo de grifo, como uma palavra em negrito, em itálico ou sublinhada, a sua citação deve ter esse tipo de grafia, acrescentada com a observação “grifo do autor”.

Exemplo 3:“Uma das referências mais conhecidas a respeito do conceito de padrão de projeto é o livro A Timeless Way of Building, escrito em 1979 pelo arquiteto Christopher Alexander” (KOSCIANSKI; SOARES, 2007, p. 289, grifo do autor).

Esse mesmo tipo de observação aplica-se quando, por exemplo, você tiver feito algum grifo na citação, para enfatizar uma palavra ou frase. No caso, deve-se acrescentar a expressão “grifo nosso”, indicando que o presente autor (você) fez a alteração.

Exemplo 4:“O termo defeito no PSP refere-se a tudo que esteja errado em um software, como erros na arquitetura, na representação de diagramas, problemas em algoritmos etc.” (KOSCIANSKI; SOARES, 2007, p. 123, grifo nosso).

  • Citação direta com mais de três linhas
    As citações com mais de três linhas devem ter um tipo de destaque diferente: é necessário reduzir o tamanho da fonte, podendo ser para 10 ou 11 e também é preciso aplicar um recuo de 4cm em relação à margem esquerda — selecione o texto e movimente os marcadores, localizado na régua do Word até o número 4, assim, todo o seu texto ficará com o recuo exigido pelas normas .

Frase muito grande para citação
Imagine um parágrafo com 10 linhas, sendo que apenas a primeira e a última linha interessam a você. Nesse caso, você vai usar uma supressão, que é a inclusão de um sinal de colchetes com reticências, exatamente como esse [...], indicando que um trecho do texto não foi usado, veja um exemplo:

“As propostas de melhorias de processo e tecnologia são coletadas e analisadas [...] com base nos resultados de projetos-piloto” (KOSCIANSKI; SOARES, 2007, p. 153).

  • Citação indireta Depois de ler um artigo, você chegou a uma conclusão semelhante a do autor consultado. Mas por algum motivo pessoal, você não tem interesse em usar as mesmas palavras e exatamente a mesma estrutura que encontrou no artigo em questão. Nesse caso, você fará uma citação indireta, já que o seu texto teve como base uma obra consultada.Seguindo o mesmo formato de apresentação da citação direta, a indireta também deve conter o autor da frase citada, bem como o ano da publicação do artigo/livro.

Apresentar a página em que o conteúdo se encontra é opcional.

Exemplos:

  • Lancaster (1993, p. 6) aponta como um aspecto importante na recuperação das informações é a extensão dos conteúdos a serem indexados.

  • Um aspecto importante na recuperação das informações é a extensão dos conteúdos a serem indexados (LANCASTER, 1993).

As citações indiretas podem ter mais de um autor, até pelo fato de que você pode ter consultado várias obras até chegar a sua conclusão, veja:

Tanto Weaver (2002, p.18) como Semonche (1993, p. 21) apontam questionamentos que devem preceder o planejamento da indexação de artigos de jornais, como: Qual a finalidade do artigo? Quem é o público-alvo que terá acesso ao artigo? Que tipo de informação o usuário procura?

  • Citação de Citação
    Livros antigos e considerados clássicos em um assunto são importantes serem citados. Mas nem sempre eles estão disponíveis. Imagine um livro do ano de 1970, que foi publicado apenas nos Estados Unidos ou outro livro que, por algum motivo, você não tenha conseguido encontrar em livrarias, sebos e bibliotecas... Você não teve acesso ao documento em seu formato original, mas, durante suas pesquisas, encontrou um autor que teve a sorte de ter em mãos o documento, e este fizera uma citação extremamente importante para o seu trabalho.
    Não pense que você perderá a oportunidade de usar este conteúdo. Para contornar isso, existe a citação de citação. Como o próprio termo leva a entender, você fará uma citação de um conteúdo que foi citado na obra que você está consultando. Esse tipo de citação é recomendado em último caso, já que o correto é tentar localizar a fonte original. Veja dois exemplos, tanto de citação direta quanto indireta.

Exemplo de citação de citação (seguindo o modelo direto):

Segundo Van Dijk (1983), citado por Fagundes (2001, p. 53), “no texto jornalístico é convencional apresentar-se um resumo do acontecimento abordado. Esse resumo pode ser expresso por letras grandes separadas do resto do texto ou na introdução no ‘lead’”.

Exemplo de citação de citação (seguindo o modelo indireto):

Segundo Fujita (1999) citada por Fagundes (2001, p. 65) a indexação engloba três fases: 1) análise por meio da leitura do documento, em que serão selecionados os conceitos; 2) síntese, com a elaboração de resumos e 3) a identificação e seleção de termos com auxílio de uma linguagem documentária.

Regras gerais e síntese da norma:

De maneira sintetizada, aqui você confere os pontos importantes a respeito dos tipos de citação e outras dicas:

Citação Direta
Deve conter o ano de publicação e a página que o texto foi extraído.
Se você primeiro citar a frase entre aspas, a referência do autor deve apresentar-se na ordem: (SOBRENOME DO AUTOR, ano, página). Lembre-se: sobrenome do autor em caixa alta.
Se você primeiro referenciar o autor, para depois fazer a citação, use: Sobrenome (ano, número da página). Lembre-se: apenas a primeira letra do sobrenome em maiúscula.
Se a citação tiver algum termo entre aspas " ", coloque-o entre aspas simples, já que a citação em si (a frase toda) apresenta-se entre aspas duplas.
Citação Indireta

Segue a mesma formatação quanto a referência do sobrenome do autor (no início ou no final da frase), ficando a critério do autor (você) inserir o número da página em que o texto foi retirado.

Citação de Citação

Segue a mesma formatação quanto a referência do sobrenome do autor (no início ou no final da frase). Lembre-se de usar esse tipo de citação com cautela, para não fazer um trabalho do tipo “fofoca”, no qual você apenas copia algum conteúdo que, na verdade, já foi copiado.

Grifo

Se você usou uma fonte já com o grifo (negrito, itálico ou sublinhado), se você destacou um trecho da citação ou até mesmo se você traduziu uma frase para incluir no trabalho como citação, não esqueça de avisar. Caso tenha sido uma tradução sua, acrescente “tradução nossa”.

Citação com mais de três linhas:

  1. Reduza o tamanho da fonte para 10 ou 11
  2. Aplique um recuo de 4cm em relação à margem esquerda
  3. Não coloque aspas


Notas de rodapé
As notas de rodapé são caracterizadas por números ou letras apresentado no final da citação, que aparecem em seqüencia, no corpo do trabalho. No rodapé, você pode referenciar:Um trabalho que ainda esteja em fase de elaboração, sendo que em seu texto, deve constar a expressão entre parênteses (em fase de elaboração).

Informações verbais obtidas durante uma conversa, dados coletados em uma palestra etc., sendo que em seu texto, deve constar a expressão entre parênteses (informação verbal).

Qualquer tipo de menção que julgue necessário, seguindo as normas de referências ou vocabulário livre.

Detalhes, muitos detalhes estão presentes nas normas de citação. Lendo pela primeira vez, tudo isso pode parecer muito confuso e difícil, mas com o passar do tempo a formatação acaba sendo tão intuitiva e direta, que você, com certeza, não precisará consultar as explicações acima. Os processos, tanto para direta, indireta ou citação de citação acabam sendo parecidos, fato que permite memorizar melhor o processo.

Esse artigo foi copiado de:http://www.baixaki.com.br/info/834-aprenda-a-usar-as-normas-da-abnt-citacao-2-de-4-.htm

Normas da ABNT

Primeiramente, o conceito mais importante a ser definido é ABNT. Esta é a sigla de “Associação Brasileira de Normas Técnicas”, entidade privada sem fins lucrativos, que é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil. Fundada em 1940, a ABNT fornece a base normativa necessária ao desenvolvimento tecnológico no país.
Quando o assunto é “Normas da ABNT”, muitos estudantes e profissionais chegam a ter um frio na barriga, só de pensar em passar horas e horas formatando e organizando um documento ou trabalho acadêmico. O terrorismo de que a formatação é complicada e burocrática realmente assusta, mas seguindo todas as dicas que passaremos nos tutoriais sobre as famosas Normas da ABNT, vamos desmitificar tudo isso!
Glossário com os termos mais encontrados nas normas
  • Anexo: os anexos também são elementos opcionais, ou seja, são incluídos apenas se o auto achar necessário. Difere-se dos apêndices pelo fato de ser um material não elaborado pelo autor, já que a forma de digitação e inclusão é a mesma. Exemplo: ANEXO A – MANUAL DE PROCEDIMENTOS – 2008.
  • Anverso da folha de rosto: é a “parte da frente” da folha de rosto.
  • Apêndice: elemento opcional que foi elaborado pelo próprio autor do trabalho como forma de complemento. O termo Apêndice deve ser digitado em letra maiúscula, em negrito e diferenciado dos demais por letras do alfabeto consecutivas. Exemplo: APÊNDICE A - Relação de softwares mais baixados no Baixaki.
  • Capa: elemento obrigatório para proteção externa do trabalho com informações indispensáveis para identificação deste.
  • Citação: menção feita no trabalho, mas que foi elaborada por outro autor e, conseqüentemente, extraída de outra fonte de informação.
  • Epígrafe: citação e autoria que o autor do trabalho ache interessante e que tenha uma relação com o trabalho. As epígrafes, normalmente, são encontradas nas primeiras páginas de um trabalho.
  • Errata: lista com folhas e linhas que apresentaram algum erro no trabalho e, logo na seqüencia, as devidas correções. Normalmente, a errata é um papel avulso entregue junto com o trabalho impresso.
  • Folha de rosto: elemento obrigatório com elementos essenciais para identificação do trabalho — todo o detalhamento do conteúdo presente em uma folha de rosta será tratado no artigo sobre Normalização de Trabalhos Acadêmicos.
  • Glossário: uma lista em ordem alfabética contendo um termo e sua respectiva definição.
  • Índice: Relação, que pode ser tanto de palavras quanto frases, ordenadas de acordo com um critério determinado, que localiza e remete o leitor para informações presentes em um texto.
  • Lista: enumeração dos elementos presentes em um texto, como siglas, ilustrações, datas etc. A numeração de cada item da lista deve seguir a ordem de ocorrência no trabalho.
  • Referências: elemento obrigatório em todos os trabalhos, contendo uma lista de fontes (livros, manuais, CDs, DVDs, mapas etc.) utilizadas e consultadas durante o desenvolvimento do trabalho. As normas para referências serão tratadas em um próximo artigo.
  • Resumo: apresentação rápida e clara com os pontos importantes e que serão discutidos/tratados no trabalho como um todo.
  • Sumário: enumeração de todos os elementos e seções de um texto, ou seja, todos os títulos e outras partes de um trabalho, com o número da página em que se encontram. A ordem e a grafia devem seguir o mesmo padrão apresentado no desenvolvimento do trabalho.
  • Verso da folha de rosto: parte de trás da folha de rosto, contendo a ficha catalográfica.
    Estes são apenas alguns termos, não tão conhecidos, e encontrados nas normas. Eles farão com que você entre no clima da normalização e comece a ficar preparado para as próximas explicações — para colocar a mão na massa, que é o que mais interessa. Quem precisa formatar um trabalho, vale a pena aguardar para verificar que normalização não é um bicho-de-sete-cabeças.

Você pode conferir o cronograma com os artigos sobre ABNT:
1. Definições e conceitos gerais: introdução ao assunto.
2. Citações: dicas para criação de citações e exemplos
3. Referências: processos para elaboração de refrências bibliográficas e exemplos.
4. Normalização de trabalhos acadêmicos: hoje.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O informe psicopedagógico

O laudo ou informe tem como finalidade resumir as conclusões a que se chegou na busca de resposta às perguntas iniciais que motivaram o diagnóstico. Esse documento deve ser entregue apenas a instituição(escola, Hospital...) que solicitou o diagnótico, não sendo necessário a entrega para os pais, a estes devemos apenas realizar a entrevista devolutiva de forma verbal.

MODELO

I- Dados pessoais:
Nome
Data de nascimento
Idade (na avaliação)
Escola
Série

II- Motivo da avaliação – encaminhamento:
Queixa na visão da escola e da família, caracterizar o encaminhamento.

III- Período de avaliação e números de sessões:
Delimitar a época do ano letivo, extensão da avaliação, interrupções ocorridas e causas.

IV- Instrumentos utilizados:
Relatar os diferentes tipos de sessões utilizadas (lúdica, anamnese, EOCA), testes e seus objetivos.

V- Análise dos resultados nas diferentes áreas:
Pedagógica (leitura, escrita, cálculo), cognitiva, afetivo-social, corporal.

VI- Síntese dos resultados – hipótese diagnóstica:
Faz-se uma síntese do que foi analisado no item V, estabelecendo-se a relação entre as diferentes áreas em função do motivo da avaliação. Visão global do paciente ante a questão da aprendizagem.

VII- Prognóstico:
Hipótese final sobre o estado futuro do paciente em relação ao momento do diagnóstico.

VIII- Recomendações e indicações:
Síntese das orientações dadas aos pais e à escola.

Modelo de Entrevista com o Paciente

Essa entrevista deve servir como norte de questionamentos. Não prescisa ser fechada somente a esses questionamentos, de acordo com o andamento da entrevista deve se acrescentar novas perguntas para esclarecer algum ponto que ficou obscuro, duvidoso ou implícito.
ENTREVISTA COM O SUJEITO
APRESENTAÇÃO
Nome:
Idade:
Escola:
Série:
  1. O que mais gosta de fazer na escola?
  2. O que não gosta?
  3. Você gosta de estudar? Acha que os estudos são importantes? Por quê?
  4. Você gosta de seus professores?
  5. Quando você não entende uma explicação o que você faz?
  6. Onde você senta na classe? Onde gostaria de sentar?
  7. Com quem brinca na escola?
  8. Você faz as atividades de casa? Onde você faz?Quem ajuda a realizá-la?
  9. Quais atividades escolares você acha mais difícil?
  10. Quais atividades que você mais gosta de fazer?
  11. Como é o comportamento dos alunos da sua sala?
  12. O que você faz quando não está na escola?
  13. O que você acha da sua escola?
  14. Você se considera um bom aluno?
  15. Você acha que tem alguma dificuldade em aprender?
  16. Como é a sua família?Onde mora?Com quem mora?
  17. Como você é tratado por seus pais?Pela mãe? Pelo pai? Pelos irmãos?
  18. Você tem contato com seus avós, tios, primos?
  19. Você gosta de ler?
  20. O que você quer ser quando crescer?

Modelo de Entrevista com a Professora

ENTREVISTA COM A PROFESSORA

  1. Nome:
  2. Formação:
  3. A quantos anos exerce a profissão de professora?
  4. Gosta do que faz?
  5. Qual a metodologia utilizada?
  6. Como vai o paciente na sala de aula?
  7. Como é o comportamento do paciente na sala de aula?
  8. Como reage quando é contrariado?
  9. Qual a sua reação com o aluno?
  10. Qual a sua relação com o aluno e com o grupo?
  11. Quais as principais dificuldades apresentadas pelo paciente?
  12. Quais as suas características quanto à aprendizagem e assimilação de conteúdos?
  13. Como você descreveria a leitura e escrita do paciente?
  14. Como você descreveria o raciocínio lógico matemático do paciente?
  15. Em qual dessas características o paciente se encaixa?
    ( ) agressivo ( ) passivo ( ) dependente ( ) medroso ( ) retraído ( ) excitado
    ( ) calmo ( ) desligado ( ) sem limites.
    Outras características?
  16. Comparado as outras crianças da turma o paciente é:
    ( ) mais infantil ( ) na média ( ) mais amadurecido
  17. Faz as atividades escolares?
  18. Faz as atividades para casa?
  19. Gostaria de acrescentar mais alguma informação sobre o paciente?

Modelo de Questionário para Entrevista Anamnese

Essa entrevista deve servi como norte de questionamentos. Não prescisa ser fechada somente a esses questionamentos, de acordo com o andamento da entrevista deve se acrescentar novas perguntas para esclarecer algum ponto que ficou obscuro, duvidoso ou implícito.
ENTREVISTA DE ANAMINESE

1.DADOS DA CRIANÇA:
Nome:
Idade:
Local e data de nascimento:
Residência: Própria( ) Alugada( )

2.DADOS DOS FAMILIARES:
Nome do pai:
Grau de instrução:
Profissão:
Idade: Naturalidade:

Nome da Mãe:
Grau de instrução:
Profissão:
Idade: Naturalidade:

*OUTROS FILHOS:
Nome:
Idade: Escolaridade:

Nome:
Idade: Escolaridade:


Nome:
Idade: Escolaridade:

3.QUEIXA INICIAL:

  • Você acha que o paciente apresenta alguma dificuldade para aprender na escola? Qual?
  • Desde quando percebeu esse problema?
  • Já procuraram especialistas? Quais?
  • O paciente está fazendo algum tipo de tratamento médico?
    ( )psicólogo ( ) Psiquiatra ( )Neurologista ( ) Pediatra ( ) outros, quais?

4. GESTAÇÃO:

  • Quais as condições de saúde da mãe durante a gravidez?
  • Levou alguma queda ou susto forte?
  • Quais as condições emocionais da mãe durante a gravidez?
  • O paciente nasceu com quantos meses?
  • Com quantos quilos?
  • Comprimento ao nascer?
  • Qual tipo de parto? ( ) Normal ( ) Cesariana
  • Teve algum problema após o pato? Qual?

5.SAÚDE:

  • A criança sofreu algum acidente?Qual? ( ) sim ( ) não
  • Submeteu-se a alguma cirurgia?Qual? ( ) sim ( ) não
  • Possui alergias? ( ) sim ( ) não
  • Tem bronquite ou asma? ( ) sim ( ) nã
  • Apresenta problema de visão? Qual? ( ) sim ( ) não
  • Apresenta algum problema de audição? Qual? ( ) sim ( ) não
  • Apresenta dor de cabeça? ( ) sim ( ) não
  • Já desmaiouo alguma vez? ( ) sim ( ) não
  • Quando?
  • Como foi?
  • Teve ou tem convulsões? ( ) sim ( ) não
  • Alguém da família apresenta algum problema de :
    ( ) desmaios ( ) convulsões ( ) ataques
  • Quem?

6.ALIMENTAÇÃO:

  • O paciente foi amamentado? ( ) sim ( ) não
  • Até quando?
  • Alimenta-se bem? Como é seu apetite?

7. SONO:

  • Possui sono: ( )tranqüilo ( )inquieto ( ) agitado ( ) refere pesadelos
    ( ) Acorda varias vezes.
  • Qual o horário de dormir?
  • Dorme sozinho ou com alguém?

8.DESENVOLVIMENTO:

  • Andou com que idade?
  • Deixou da usar fraldas com que idade?
  • É lento para realizar alguma atividade? Qual?
  • Como o relacionamento da criança com os pais?
    ( ) tranqüila ( ) agressiva ( )amorosa ( )muito quieta ( ) fechada ( )passiva
    ( ) medrosa ( ) desligada.
  • Quais as medidas usadas para disciplinar o paciente?
  • Como reage quando é contrariado?
  • Quais as atividades preferidas?
  • Descreva o dia-a-dia do paciente desde quando acorda até a hora de dormir:
  • O paciente gosta de ir à escola? ( ) sim ( ) não
  • Já repetiu a séria alguma vez? ( ) sim ( ) não
  • Qual ou quais?
  • Gosta de estudar? ( ) sim ( ) não
  • Tem horário para estudar? ( ) sim ( ) não .Qual?
  • Os pais ajudam o pacienta nas atividades escolares? ( ) sim ( ) não

terça-feira, 27 de outubro de 2009

DEVOLUTIVA

Autora: Ana Michelle da R.C. Moura.

A Entrevista de devolução é a comunicação verbal que o psicopedagogo faz ao paciente, a seus pais e ao grupo familiar, dos resultados obtidos no diagnóstico psicopedagógico. Trata-se de uma entrevista final, posterior à aplicação do último teste.

Na Entrevista Devolutiva ou Devolução comunicamos verbalmente todas as conclusões a que se chegou durante as análises das sessões realizadas. O psicopedagogo relata ao paciente, a seus pais ao grupo familiar e a Escola, se a queixa partiu desta, os resultados obtidos durante o processo diagnóstico. No momento da apresentação das conclusões diagnósticas é importante não somente expor com clareza o problema em todas as suas dimensões, mas tornar compreensível a família os aspectos inconscientes e latentes da questão.

Essa entrevista faz parte de um processo de investigação que é continuo. Não tem início na ultima sessão, mas se inicia desde o momento do primeiro contato com a família e com a queixa. É preciso levar em consideração todo o contexto que a queixa está inserida, a criança que não aprende trás consigo e com a família fantasias ou preconceitos da possível causa do problema que devem ser levados em consideração, embora não possam se tornar motivos de atrito entre paciente e psicopedagogo, ou família e psicopedagogo. Esse, porém deve agir com sensibilidade e sabedoria, com muito afeto para que todos possam expor suas dúvidas, sentimentos de confusão ou de culpas. O psicopedagogo deve claramente apontar o caminho para a solução do problema apresentando de acordo com o diagnóstico e prognóstico do paciente.
Alícia Fernandez (1991, p.233) ao citar Sara Paín diz:

A interpretação do discurso não pode ser feita sem levar em conta o nível da realidade, pois a realidade é a prova; sem levar em conta a leitura inteligente dessa realidade que lha dá a sua coerência; sem levar em conta a dimensão do desejo, que é sua aposta; sem levar em conta sua modalidade simbólica, que lhe dará sua paixão.


Durante a Devolutiva o psicopedagogo deve interpretar situações que apontem para o esclarecimento de pontos que ficaram obscuros durante a avaliação e é na criação de um vínculo de confiança entre o psicopedagogo e a família que isso será possível.

A Entrevista de Devolução é de responsabilidade de quem realizou o diagnóstico psicopedagógico, e jamais poderá ser dada por telefone. As informações deverão ser dadas aos pais e ao filho separadamente, pois desta forma, favorecemos a distinção de identidades dentro do grupo familiar. A criança não deve ser excluída da devolução de informação, já que sua problemática é o motivo central da consulta o psicopedagogo deve atentar para a linguagem que deverá ser no nível de entendimento da criança e dos pais evitando usar termos técnicos ou ambíguos.

A Devolutiva jamais deverá ser utilizada para culpar ou repreender os pais ou paciente. Para essa sessão pode se usar um roteiro apresentado por Weiss que precisa ser adaptado de acordo com o diagnóstico de cada paciente:

1º procedimento: Inicia-se a entrevista retomando a queixa inicial;

2º procedimento: Decorre-se, sucintamente, sobre cada instrumento utilizado. O psicopedagogo deve explicar que procurou durante esse período avaliar aspectos pedagógicos como de leitura, escrita, raciocínio lógico matemático, etc. Pedindo sempre para que o paciente relembre o fez em cada sessão, O material dos testes não deve, de forma nenhuma, ser mostrado aos pais, atentando para o segredo profissional dos atendimentos.

3º Procedimento: Deve se tocar nos aspectos mais positivos do paciente.
Em diferentes perspectivas teóricas da Psicologia é estudado o problema do baixo autoconceito, da baixa auto-estima como elemento bloqueador no movimento dos indivíduos em busca de novas conquistas. O importante é localizar de onde vem esse sentimento através das entrevistas de anamnese projetivas em geral e, no momento da devolução, tocar nesse aspecto tentando produzir um início de movimento. (WEISS, 2008.p.138-139)


Sabemos que a criança, muitas vezes, sofre de um assedio moral devido a suas dificuldades na escola ou até mesmo no ambiente doméstico, e isso vem fazendo com que a sua auto-estima ou autoconceito esteja baixo, por isso é preciso ter muita cautela no momento de apresentar os aspectos causadores de sua problemática.

4º Procedimento:Continuando a sessão analisam-se os aspectos que estão realmente causando a dificuldade na aprendizagem apresentando as recomendações (nos níveis familiares e escolares), e indicações necessárias (atendimentos necessários com outros especialistas).

5º Procedimento:Finaliza-se a sessão deixando claro o modelo de Aprendizagem do paciente, seus pontos fortes e fracos quanto a aprendizagem assim como as possibilidades de mudança na busca do prazer e eficiência no Aprender.

Referência Binliográgica:

ANDRADE, Marcia Siqueira de. Psicopedagogia Clínica: Manual de Aplicação Prática para Diagnóstico de Disturbio de Aprendizado. Ed. Póllus Editorial. São Paulo:1998.

WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica – Uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. 13 ed. Ver. E aml: RJ Lamparina.2003.

Super Interessante!!!

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