quinta-feira, 25 de março de 2010

CAMPOS NORTEADORES DA AÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

Profa. Margaret Maria Schroeder

No livro "Psicopedagogia: teoria e prática", Lamonico (1992) enunciam os campos teóricas norteadores da ação psicopedagógica:

a) Abordagem psiconeurológica

Abordagem fundamentada na biologia, psicologia e processos educativos e de treinamento.

Pinel (2001/2002;p.107-114) estudou as bases neurais da aprendizagem/ desenvolvimento, buscando compreender alguns mecanismos psicofisiológicos e neuripsicológicos associados aos aspectos cognitivos.

Destaca Pinel (2001/ 2002; p.108) que é importante ao estudioso da (Psico)Pedagogia uma atitude de compreensão e esforço intelectual na pesquisa do aluno com problemas de aprendizagem escolar.

Recorrendo a Fernández (1987), no livro “Inteligência Aprisionada”, Pinel (2001/ 2002) sugere que o discente deve ser “olhado sentido” em quatro aspectos: seu ORGANISMO, seu CORPO, seu DESEJO e sua INTELIGÊNCIA.

O aluno(a) deve ser abordado(a) no seu ser total, que envolve o ORGANISMO, o CORPO, o DESEJO e a INTELIGÊNCIA.

O ORGANISMO deve ser entendido no seu funcionamento – normal ou não – fisiológico. Doenças perturbam a aprendizagem, a dor – física etc. Entretanto, deficiências físicas, em si mesmas não são anormais, mas sim a sociedade onde este organismo está inserido, pois é a sociedade que não apresenta pré-requisitos para a inclusão do diferenciado. A sociedade foi e é construída para uma maioria dominante, e para uma elite dominante.

Quanto ao CORPO deve ser apreendido o modo como o aluno se percebe. Também: Como o corpo discente se percebe e se movimenta no espaço? Qual o seu Esquema Corporal: Imagem e Conceito Corporal? Como o corpo é introjetado pelo discente: introjeção das partes do corpo e todo o corpo? Quais reações da pessoa frente ao espelho? Etc.

Poderíamos falar em motivação, em demanda, em necessidade, em vontade do discente. Recorremos ao termo DESEJO do aluno(a). Qual a sua vontade de sentido? Qual a sua motivação mais profunda, o seu querer, a sua auto-estima, as suas forças e fragilidades? etc.

Finalmente a INTELIGÊNCIA é o aspecto não mensurável do desenvolvimento cognitivo. Pode ser até avaliado por intermédio de Testes de Inteligência – utilizados em termos clínicos, ou seja: qualitativos. A inteligência refere-se a capacidade do aluno/ pessoa solucionar os problemas que se interpõem à sua frente, no seu cotidiano de ser. O modo como ele aborda - criativo ou não – os problemas, solucionando-os ou não.

Dentro desse contexto psiconeurológico, os distúrbios biológicos do crescimento e do desenvolvimento que for capaz de interferir prolongadamente no METABOLISMO refletem de modo negativo no crescimento e desenvolvimento.

Os principais fatores podem ser agrupados em:

  1. Disfunções endócrinas:

Ex.: nanismo hipofisário e tireoidiano; gigantismo; puberdade precoce etc.

  1. Fatores genéticos:

Ex.: acondroplasia; síndrome de Down; síndrome de Turner etc.

3. Desnutrição: O mecanismo de desnutrição gera um atraso no desenvolvimento-aprendizagem, e esse é muito complexo e inclui a formação escassa de somatomedina C.

4. Doenças crônicas: Essas doenças, quando de longa duração perturbam o metabolismo, atrasando o crescimento.Como é o caso da insuficiência digestiva e de certas afecções renais, pulmonares e cardíacas.

5. Além desses fatores, reafirmamos que problemas emocionais (conflitos e violências no lar; o modo de ser da criança diante do alcoolismo paterno, por exemplo, e o sentimento da criança diante dos jogos psicopatológicos da família; abuso sexual etc.) e infecções freqüentes (verminoses e intoxicações etc.) também prejudicam o desenvolvimento/ aprendizagem.

As características físicas de uma criança estimulam seus familiares, coleguinhas, professores e outras pessoas significativas em sua vida-vivida, a criar, de modo fantasioso, a respeito dela, uma imagem marcada pelos estigmas, estereótipos e preconceitos.

Muitas vezes, esses algozes são destrui(dor)es do ser, e então persistem nas condutas e atitudes prejudiciais ao crescimento da pessoa. Muitas vezes o preconceito está localizado no inconsciente (Pinel, 2001/2002).

Quais as conseqüências desses atos perversos e tão (pré)sentes na nossa hipócrita sociedade?

O ambiente escolar poderá ser percebido como agradável, suportável ou intolerável...

Isso será resultado do modo como a criança é - ou se sente - como se aceita.

Tais subjetividades e comportamentos explícitos foram e são construídos por meio dessas intersujetividades patologizadas, desrespeita(dor)as do desenvolvimento/ aprendizagem do ser.

Pode ser que toda essa vivência dolorida faça a criança/ adolescente ou quaisquer pessoas sentir-se - ou de fato viver e sentir - segregada ou ridicularizada.

Evidentemente, essas situações, de alguma forma interferem na aprendizagem e afetam todo o conjunto da vida humana.

Pinel (2002) estudou os efeitos de uma guerra (Nazismo X crianças judaicas) na produção artística da criança – detida em campo de concentração - revela(dor)a de tristeza, sentimentos de ser pior e culpada pelo que aí se colocou.

Apesar dessa depressão advinda das injustiças, também foi detectado (Pinel, 2002) a presença do "otimismo trágico" (Frankl, 1981), isto é, uma característica subjetiva e explícita de enfrentamentos, apesar das adversidades, das vicissitudes. Sob as mais altas tensões o ser enfrenta e resiste às pressões e sofrimentos.

Mas porque há uma guerra? No interesse de quem se mantém uma guerra? Etc.

A auto-estima (Pinel, 2001/2002) é uma variável psicológica muito importante para o rendimento (sucesso-fracasso) da criança na escola. Não gostar de si implica em um alto grau de contaminação psíquica, que fere inclusive o organismo, o corpo, o desejo e a inteligência.

Moura (1993) pontua que "muitas crianças crescem precocemente, apresentando peso e altura que sugerem uma idade maior que a real. Quem convive com essas crianças, inclusive os professores, tende a esperar demais delas e a julgá-las unicamente por seu físico, esquecendo [? - grifo e interrogação nossos] que uma criança cuja maturação física é precoce enfrenta exigências para as quais não está psicologicamente pronta, e isso é uma causa geradora de ansiedade" (p. 55).

Assim, a vida escolar da criança, sob cruéis pressões, por parte de outras crianças e por parte dos adultos (professores, diretores, merendeiras, outros adultos presentes na escola etc.) podem produzir no ser desprezado, ansiedade e sentimento de inadequação, aponto desses sentimentos de menos-valia acompanhá-la e, mais tarde, perturbar sua vida.

É que a imagem negativa de si mesma elaborada na construção EU+TU+NÓS pode ficar profundamente arraigada e, quando adolescente, adulta e idosa, embora tenha crescido e mudado, ela ainda se sentirá inadequada, desagradável e indesejável.

Essas questões psico-afetivas são vitais quando pensamos, sentimos e principalmente agimos para efetivação da FILOSOFIA DA INCLUSÃO:

Como criar alternativas de incluir o outro se não me incluo no mundo?

Como dar passos maiores de inclusão, se nem me respeitar consigo?

O ajudador, por meio de uma Psicopedagogia institucional, pode desenvolver trabalhos grupais, desenvolvendo o espírito crítico.

Para isso, pode, por exemplo, ensinar ao grupo VER a realidade e detalhes de injustiças elaboradas na intersubjetividades. Depois é necessário levar ao grupo AVALIAR a situação concreta de pessoas que se desprezam e desprezam os outros, constando os efeitos dessas relações desrespeitosas.

E, finalmente, estimular ao grupo a AGIR, por meio de planos de intervenção, objetivando mudar atitudes e, de imediato, os comportamentos indesejáveis à socialização do ser.

Ver/ Julgar/ Agir é um método bem descrito por Boran, e fundamentado no marxismo.

b) Abordagem neuropsiquiátrica

Abordagem fundamentada na medicina e medicalização dos problemas de aprendizagem.

Há exageros nessa àrea, como a prescrição de Tofranil para crianças com problemas comuns de atenção escolar.

É adequado consultar um médico com residência em neurologia, e com compreensão do movimento inclusivo.

c) Abordagem comportamental

Abordagem fundamentada nos trabalhos de laboratório de Psicologia experimental de Watson (Behaviorismo Metodológico) e B.F. Skinner (Behaviorismo Radical).

O enfoque está na observação e descrição clara dos comportamentos inadequados, a identificação daquilo que mantém (reforça/ recompensa) esse comportamento desviado/ patológico – segundo o contexto do meio - e a intervenção de modificação, por meio de técnicas de controle do comportamento e a instalação de um novo e mais adequado comportamento.

Programas psicopedagógicos como a ANÁLISE DE TAREFAS (Pinel, 1987) utlizam-se das propostas do neobehaviorismo de Madame Jordam.

Filosoficamente o behaviorismo é condenável, pois defende a tese que o homem é uma tabula rasa, sem história e dele fazemos o que quizermos, a nosso bel prazer.

Entretanto, mesmo psicólogos sócio-históricos como Bock et al.; tem defendido as benesses desses treinamentos para a Psicologia do Excepcional.

d) Abordagem Fenomenológica

O mais importante nessa abordagem são as atitudes e posturas do cuida(dor).

É vital o envolvimento existencial com aquilo que se põe ao meu ser Total (Holismo) e o necessário distanciamento reflexivo da coisa mesma, e então apreender o sentido ou o significado do que é vivido pelo outro/ orientando.

Heidegger e Sartre são dois filósofos que fundamentam tais práticas.

Viktor Emil ou Emmanuel Frakl, Medard Boss, Binswanger, Franz Rúdio, J. Wood/ Doxsey et al.,Angerami-Camom e Pinel são alguns psicólogos, que fundamentados nos filósofos, recriaram alternativas de diagnóstico, prevenção e tratamento psicopedagógico.

DIFICULDADE PARA APRENDIZAGEM

Principais causas das dificuldades de aprendizagem e de ajustamento escolar

Causas físicas – São aquelas representadas pelas perturbações somáticas transitórias ou permanentes. São provenientes de qualquer perturbação do estado físico geral da criança/ como por exemplo: febre, dor de cabeça, dor de ouvido, colocas intestinais, anemia, asma, verminoses e todos os males que atinjam o físico de uma pessoa, levando-a a um estado anormal de saúde.

Causas sensoriais – são todos os distúrbios que atingem os órgãos dos sentidos, que são os responsáveis pela percepção que o indivíduo tem do meio exterior. Qualquer problema que afete os órgãos responsáveis pela visão, audição, gustação, olfato, tato, equilíbrio, reflexo postural, ou os respectivos sistemas de condução entre esses órgãos e o sistema nervoso, causará problemas no modo de a pessoa captar as mensagens do mundo exterior e, portanto, dificuldade para ela compreender o que se passa ao seu redor.

Causas neurológicas – são as perturbações do sistema nervoso, tanto do cérebro, como do cerebelo, da medula e dos nervos. O sistema nervoso, comanda todas as ações físicas e mentais do ser humano. Qualquer distúrbio em uma dessas partes se constituirá em um problema de maior ou menor grau, de acordo com a área lesada.

Causas emocionais – são distúrbios psicológicos, ligados às emoções e aos sentimentos dos indivíduos e à sua personalidade. Esses problemas geralmente não aparecem sozinhos, eles estão associados a problemas de outras áreas, como por exemplo da área motora, sensorial etc.

Causas intelectuais ou cognitivas – são aquelas que dizem respeito à inteligência do indivíduo, isto é, à sua capacidade de conhecer e compreender o mundo em que vive, de raciocinar sobre os seres animados ou inanimados que o cercam e de estabelecer relações entre eles.

Causas educacionais – o tipo de educação que a pessoa recebe na infância irá condicionar distúrbios de origem educacional, que a prejudicarão na adolescência e na idade adulta, tanto no estudo quanto no trabalho. Portanto, as falhas de seu processo educativo terão repercussões futuras.

Causas sócio-econômicas – não são distúrbios que se revelam no aluno. São problemas que se originam no meio social e econômico do indivíduo. O meio físico e social exerce influência sobre o indivíduo, podendo ser favorável ou desfavorável à sua subsistência e também às suas aprendizagens.

Todas essas causas originam dificuldades, que irão se constituir nos diferentes problemas de aprendizagem.

Atuação do professor frente aos distúrbios da aprendizagem

Atitudes que devem ser evitadas:

- ressaltar as dificuldades do aluno;

- corrigir o aluno com freqüência perante a classe;

- relegar ou ignorar a criança que não consegue superar sua dificuldade.

Atitudes a serem adotadas:

- evitar que o aluno se sinta inferior;

- considerar o problema de maneira serena e objetiva;

- avaliar o desempenho do aluno pela qualidade de seu trabalho.

- Estimulá-lo a enfrentar o problema, procurando superar-se;

Dislexia

A criança disléxica apresenta sérias dificuldades com a identificação dos símbolos gráficos no início da sua alfabetização, o que acarreta fracasso em outras áreas que dependem da leitura e da escrita. As principais dificuldades são:

- demora a aprender a falar, fazer laço,a reconhecer as horas, a pegar e chutar bola, a pular corda;

- escrever números e letras correspondente, ordenar as letras do alfabeto,meses do ano e sílabas de palavras compridas, distinguir esquerda e direita;

- atrapalha-se ao pronunciar palavras longas;

- dificuldade em planejar e fazer redação.

Disgrafia

Os principais erros da criança disgráfica são:

- apresentação desordenada do texto;

- margens malfeitas ou inexistentes;

- traçado de má qualidade: tamanho pequeno ou grande, pressão leve ou forte,letras irregulares ou retocadas;

- distorção da forma das letras o e a;

- movimentos contrários ao da escrita convencional;

- ligações defeituosas de letras na palavra;

- irregularidades no espaçamento das letras na palavra;

- direção da escrita oscilando para cima ou para baixo;

- dificuldade na escrita e no alinhamento dos números na página.

Autismo infantil

O autismo infantil caracteriza-se por uma interiorização intensa. Teorias interpessoais e orgânicas foram sugeridas para explicar o autismo, mas até agora nenhuma delas foi plenamente aceita.

Características da criança autista:

- solidão em grau extremo e evidente na mais tenra idade;

- ausência de sorriso social;

- não desenvolve linguagem apropriada, repete frases;

- arruma seus objetos sempre da mesma forma e ,mesmo que fique sem vê-los durante um tempo, lembra-se da sua posição;

- possui excelente memória: decora facilmente poesias, canções, aprende sempre novas palavras;

- não mantém contato visual com as pessoas;

- demonstra ansiedade freqüente, aguda, excessiva e aparentemente ilógica;

- possui hiperatividade e movimentos repetitivos, com entorpecimento nos movimentos que requerem habilidades;

- é retraída, apática e desinteressada, numa total indiferença ao ambiente que a rodeia;

- demonstra incapacidade para julgar.

O Psicopedagogo não dá diagnóstico desses disturbios, mas a partir de uma longa intervenção pode encaminhar a criança para o profissional adequado para que esse possa dar o diagnóstico a família.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Da escrita pré-silábica a escrita alfabética

Situações didáticas envolvendo os níveis de escrita: Da escrita pré-silábica a escrita alfabética

Intervenções clínicas usando:

1. LETRAS

Letras do alfabeto: Jogos de alfabeto de materiais e tamanhos diferentes. Letras móveis para o/a aluno/a montar espontaneamente palavras. Bingo e memória de letras. Atividades de escrita com letras.

Nomeação e identificação: Criar tiras com o alfabeto e figuras para serem materiais de consulta.

Análise das formas posições das letras: Atividades de escrita para o/a aluno/a analisar, por exemplo, quantas pontas têm o H, quantas retas e utiliza no traçado do A, M, E, , quantas curvas temas letras C, P, etc.

Valor sonoro – relação letra/som: jogos de memória com figura e letra inicial. Bingo de figuras. Alfabeto vivo.

2. PALAVRAS

Nome próprio: Crachá com nome e foto ou desenho (auto-retrato feito pelo/a alfabetizando/a). Montar o nome com letras móveis. Bingo de nomes, de fotos e/ou auto-retrato. Dominó de nomes (letra inicial / nome). Painel de chamada com cartões de nomes.

Análise da lingüística da palavra: Letra inicial e final, número de letras, letras repetidas, vogal, consoante. Atividades de escrita com palavras.

Memorização de palavras significativas: Atividades de escrita. Listas de palavras.

Conservação da escrita de palavras: Atividades de escrita: complete, forca, enigma, “stop”, cruzadinha.Listas de palavras.

3. FRASES E TEXTOS

Sentido-direção da escrita: Produção coletiva de listas, receitas, bilhetes, recados, etc (sendo o/a professor/a o/a escriba). Ler para o/a alfabetizando/a (apontando sempre onde está lendo).

Vinculação do discurso oral com texto escrito: Leitura de história e reescrita espontânea individual ou produção coletiva. Escrita de história vivida pelos/as alunos/as.

Junção de letras na formação das sílabas: Listas de palavras. Atividades de escrita: complete, forca, enigma, “stop”, cruzadinha.

Intervenções de acordo com os níveis de hipóteses de Escrita

ESCRITA PRE-SILÁBICA

  • Iniciar pelos nomes dos/as alfabetizandoas escritos em crachás, listados no quadro e/ou em cartazes.
  • Trabalhar com textos conhecidos de memória, para ajudar na conservação da escrita.
  • Identificar o próprio nome e depois o de cada colega, percebendo que nomes maiores podem pertencer às crianças menores e vice-versa;
  • Organizar os nomes em ordem alfabética, ou em “galerias” ilustradas com retratos ou desenhos;
  • Criar jogos com os nomes: “lá vai a barquinha”, dominó, memória, boliche, bingo;
  • Fazer contagem das letras e confronto dos nomes;
  • Confeccionar gráficos de colunas com os nomes seriados em ordem de tamanho

(número de letras).

  • Fazer estas mesmas atividades utilizando palavras do universo dos/as alfabetizandos/ as: rótulos de produtos conhecidos ou recortes de revistas (propagandas, títulos, palavras conhecidas).
  • Classificar os nomes pelo som ou letra inicial, pelo número de letras, registrando-as.
  • Copiar palavras inteiras;
  • Contar número de letra ou palavra de uma frase;
  • Pintar intervalos entre as palavras;
  • Completar letras que faltam de uma palavra;
  • Ligar palavras ao número de letras e a letra inicial;
  • Circular ou marcar letra inicial ou final;
  • Circular ou marcar letras iguais ao seu nome ou palavra-chave.
  • Produção de textos, ditados, listas.

ESCRITA SILÁBICA

  • Fazer listas e ditados variados (de alfabetizandos/ as ausentes e/ou presentes, de livros de histórias, de ingredientes para uma receita, nomes de animais, questões para um projeto).
  • Trabalhar com textos conhecidos de memória, para ajudar na conservação da escrita.
  • Ditado de palavras do texto.
  • Análise oral e escrita do número de sílaba, sílaba inicial e final das palavras do texto.
  • Lista de palavras com a mesma silaba final ou inicial;
  • Escrever palavras dado a letra inicial;
  • Ligar desenho a primeira letra da palavra;
  • Usar jogos e brincadeiras (forca, cruzadinhas, caça-palavras);
  • Organizar supermercados e feiras; fazer “dicionário” ilustrado com as palavras aprendidas, diário da turma, relatórios de atividades ou projetos com ilustrações e legendas;
  • Propor atividades em dupla (um dita e outro escreve), para reescrita de notícias, histórias, pesquisas, canções, parlendas e trava-línguas.
  • Produção de textos, ditados, listas.

ESCRITA SILÁBICA ALFABÉTICA

· Ordenar frases do texto;

· Completar frases, palavras, sílabas e letras das palavras do texto;

· Dividir palavras em sílabas;

· Formar palavras apartir de sílabas;

· Ligar palavras ao número de sílabas;

· Produção de textos, ditados, listas.

ESCRITA ALFABÉTICA

  • Investir em conversas e debates diários.
  • Possibilitar o uso de estratégias de leitura, além da decodificação.
  • Considerar o “erro” como construtivo e parte do processo de aprendizagem.
  • Produção coletiva de diversos tipos de textos.
  • Análise lingüística das palavras.
  • Reescrita de texto (individual / coletiva).
  • Revisão de texto.
  • Atividades de escrita: complete, forca, enigma, stop, cruzadinha, lacunado, caça-palavra.

É de fundamental importância que o/a Psicopedagogo/a:

  • Iniciar o processo de alfabetização com textos que os/as alfabetizando/as conheçam de memória, para ajudar na conservação da escrita e na relação entre o escrito e o falado Ele/a deverá sugerir que as crianças acompanhem a leitura com o dedo, apontando palavra por palavra.
  • Trabalhar com modelos estáveis de escrita, como, por exemplo, lista de palavras do texto, para que se possa conservar a escrita.
  • Fazer sempre a análise e a reflexão lingüística das palavras, confrontando as hipóteses de escrita dos/as alfabetizandos/as com a escrita convencional, ou seja, entre o padrão oral e o padrão escrito.
  • Propiciar atos de leitura e escrita para as crianças para que elas aprendam ler lendo e a escrever escrevendo, por meio de atividades significativas e contextualizadas. Elas deverão ler textos mesmo quando ainda não sabem ler convencionalmente, apoiando-se inicialmente na memória e ilustração.
  • Trabalhar em pequenas equipes, agrupando os/as alfabetizandos/as conforme os níveis próximos de escrita. Isto garante que crianças com diferentes níveis possam confrontar suas hipóteses, gerando conflitos cognitivos e avanços conceituais.
  • Propor atividades, por meio de situações problemas, que as crianças possam resolver e colocar em jogo o que sabem, para aprender o que ainda não sabem. Isto garantirá o trabalho com a auto-estima e o autoconceito dos/as alfabetizandos/as, que são imprescindíveis para o processo de aprendizagem. Porém, evitar que crianças com o mesmo nível de escrita sejam agrupadas entre si, já que a intenção do agrupamento heterogêneo é interação e a troca de conhecimentos entre os/as alfabetizandos/as com diferentes hipóteses de escrita.
  • Na sala de atendimento deve conter: cartazes com o alfabeto escrito em letras maiúsculas e minúsculas, cursiva e bastão; só com as vogais, só com as consoantes; com os números; com o nome da escola e do/a professor/a; Listas com os nomes dos/as alfabetizandos/as, dos/as aniversariantes, palavras, frases e textos (que circulam socialmente) trabalhados. Em outras palavras, fazer da sala de aula um ambiente rico em atos de leitura e escrita, que é propício para a alfabetizar letrando, isto é, ensinar ler e escrever por meio das práticas sociais de leitura e escrita.
  • REFERENCIAS:


BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC, 1997.

FERREIRO, Emilia e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.

KAUFMAN, Ana Maria & RODRIGUEZ, M.H. Escola, Leitura e Produção de Textos. Porto Alegre: Artmed Editora.

TEBEROSKY, Ana. Psicopedagogia da linguagem escrita. Campinas. Editora Trajetória Cultural/UNICAMP.

TEBEROSKY, Ana e TOLCHINSKY, Liliana (org.). Além da Alfabetização. A aprendizagem Fonológica, Ortográfica, Textual e Matemática. São Paulo: Editora Ática, 2002.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA – SMEC

COORDENAÇÃO DE ENSINO E APOIO PEDAGÓGICO – CENAP

ESPAÇO PEDAGÓGICO VIRTUAL: TEIAS DE CONHECIMENTOS E SABERES

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