quinta-feira, 8 de julho de 2010

DO ATUAL DESAFIO ÀS PRÁTICAS EM PSICOPEDAGOGIA: MITOS E VERDADES


Carla Caus Pereira

Este trabalho tem por objetivo estabelecer algumas demarcações em relação à polêmica temática da dislexia.
Por ser um tema ainda a ser descortinado é comum, em relação a ele, uma série de inquietações como: Em que consiste a dislexia? É uma doença um distúrbio, uma anomalia ou uma dificuldade de aprendizagem? Quais os tipos? Como identificar os sintomas da pessoa disléxica? O que fazer? Que orientações poderão ser dadas aos pais e educadores? Como a Psicopedagogia pode contribuir para o entendimento desse debate? Este trabalho possui o objetivo de enfrentar a problemática acima evidenciada no sentido de trazer esclarecimentos incipientes, visando uma melhor compreensão do assunto em questão. Os motivos que justificam a escolha do tema consistem na observação cotidiana das manifestações sobre dislexia, das incompreensões e confusões de pais e de educadores que muitas vezes rotulam pessoas, principalmente crianças, como dislexas e do interesse em conhecermos melhor esta temática. Há algumas hipóteses que aqui serão defendidas: uma primeira é a de que ao me reportar para o tema dislexia, observa-se, que ela, além de ser uma dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem, tem uma ampla diversidade de sinais; uma segunda que as características mais freqüentemente reconhecidas incluem atrasos graves na leitura, na escrita e na ortografia, assim como inversões de símbolos. Uma terceira que há outros sinais da dislexia que incluem confusão de tempo e de espaço, desorganizando a dificuldade de compreensão.

DISLEXIA

Quando alguém domina algo, isto passa a fazer parte dessa pessoa. Isto se torna parte do processo criativo do indivíduo. Acrescenta qualidade de sua essência a todo o pensamento subseqüente e à criatividade do indivíduo .
Num primeiro momento é importante ressaltar que existem várias acepções de dislexia, mas uma das mais aceitas é de que a dislexia consiste numa alteração nos neurotransmissores cerebrais que impedem uma criança de ler e compreender com a mesma facilidade com que o fazem as crianças da mesma faixa etária, independente de qualquer causa intelectual, cultural ou emocional. Todo o desenvolvimento da criança é normal, até entrar na escola. É um distúrbio de base cognitiva que afeta as habilidades lingüísticas associadas à leitura e à escrita.
O professor Eustáquio Lagoeiro Castelo Branco questiona a terminologia Dislexia porque produz uma sonoridade de patologia, o que não o é. Não se fala em cura ou tratamento ou medicamentos quando se fala em Dislexia, não é portanto uma doença. Ser disléxico é como ser canhoto.
Ele também acredita que pessoas são disléxicas e não estão disléxicas, esta é uma condição natural, pessoas nascem disléxicas ou não-disléxicas, canhotas e destras e assim permanecem por toda a vida.
Segundo artigo da revista Time – July 20, 2003 – The New Sciense of Dislexia – a dislexia é uma das mais deficiências de aprendizado comuns, sendo que 20% de todas as crianças sofrem de dislexia, o que significa que têm grande dificuldade em aprender a ler, escrever e soletrar. Pessoas disléxicas (e que nunca se trataram) lêem com dificuldade, pois é difícil para elas assimilarem palavras. Isso não quer dizer que crianças disléxicas são menos inteligentes, aliás, muitas delas apresentam um grau de inteligência normal ou até superior ao da maioria.
Ter dislexia não faz de cada disléxico um gênio, mas é bom para a auto-estima de todos os disléxicos saberem que suas mentes funcionam exatamente do mesmo modo que as mentes de grandes gênios. É importante também estarem informados que ter problema com leitura, escrita, ortografia ou matemática não significa que sejam “burros ou idiotas”. A mesma função mental que produz um gênio pode produzir esses problemas. De certo modo, observa-se no cotidiano que tanto na escola como nas demais esferas da sociedade existem preconceitos com sujeitos que manifestam tais dificuldades. Isso interfere significativamente no processo de aprendizagem, podendo acarretar ao aprendente a idéia de incapacitado e, conseqüentemente levá-lo ao fracasso escolar. Estudos demonstram que esse fracasso muitas vezes começa em casa, é reforçado na escola e culmina nas demais instâncias sociais.

Na acepção de Davis (2004) A função mental que causa a dislexia é um dom, no mais verdadeiro sentido da palavra: uma habilidade natural, um talento. É alguma coisa especial que engrandece o indivíduo. Ele entende que o dom no sentido de que o dislexo passa por um processo de aprendizagem e a decorrência disso é o domínio de algumas informações necessárias para a sua leitura de mundo. Partindo desse referencial afirma: “Quando alguém domina alguma coisa, isso se torna uma parte daquela pessoa. Torna-se parte do processo de pensar e de criar do indivíduo. Isso acrescenta a qualidade de sua essência a todo o pensamento subseqüente e à criatividade do individuo.
Davis também menciona, que há uma outra concepção de dislexia. Antes de qualquer definição é um jeito de ser e de aprender, e reflete na expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente. O autor menciona ainda, que a palavra dislexia foi o primeiro termo genérico utilizado para designar vários problemas de aprendizagem e que por esta razão podemos chamar a dislexia de “A Mãe dos Transtornos de Aprendizagem”. Dificuldade que levou a ser, só mais recentemente, considerada a dislexia em seu significado de dificuldades com a linguagem em seu sentido mais amplo, como:

1. Tipos de Dislexia

Existem vários tipos de dislexia, Marina S. Rodrigues Almeida, Psicóloga, Pedagoga, Psicopedagoga e Consultora Educacional, nos apresenta as seguintes classificações:

  • Dislexia Acústica: manifesta-se na insuficiência para a diferenciação acústica (sonora ou fonética) dos fonemas e na análise e síntese dos mesmos, ocorrendo omissões, distorções, transposições ou substituições de fonemas. Confundem-se os fonemas por sua semelhança articulatória.
  • Dislexia Visual: ocorre quando há imprecisão de coordenação viso-especial manifestando-se na confusão de letras com semelhança gráfica. Não temos dúvida que o primeiro procedimento dos pais e educadores é levar a criança a um médico oftalmologista.
  • Dislexia Motriz: evidencia-se na dificuldade para o movimento ocular. Há uma nítida limitação do campo visual que provoca retrocessos e intervalos mudos ao ler.
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