quinta-feira, 8 de julho de 2010

Algumas orientações a pais e professores

  • O aluno deve sentar-se próximo ao professor,de modo que este possa observá-lo e encorajá-lo a solicitar ajuda.
  • Avaliar suas habilidades e conhecimentos nas respostas orais.
  • Valorizar os trabalhos pelo conteúdo, desconsiderando os erros ortográficos.
  • Lembrar que o disléxico leva mais tempo que os demais para terminar as tarefas.
  • Evitar que tenha que ler em público.
  • Permitir o uso do gravador, uma vez que escutar e escrever simultaneamente não é fácil.
  • Propiciar um ambiente de trabalho silencioso e sem distrações.
  • Permitir o uso de calculadoras, de corretores ortográficos, do vídeo, do computador.
  • Ensinar a resumir anotações.
  • Optar por deveres de casa, curtos e motivadores, sem muita leitura e escrita.
  • Propiciar aulas de apoio individuais, levando em consideração as dificuldades mais relevantes apresentadas pelo aluno.
  • Aceitar que se distraia com maior facilidade que os colegas, posto que a leitura lhe exige um super esforço.
  • Entregar para o aluno fotocópia ao invés de fazê-lo copiar grandes textos do quadro negro.
  • Estimular a autoconfiança do aluno destacando suas competências em outras áreas – música, esportes, artes, tecnologia etc.

A quem recorrer
O professor com formação ou informação efetiva em dificuldades de aprendizado pode tornar-se canalizador do encaminhamento de providências junto ao aluno disléxico. Mas, o profissional naturalmente indicado para essa iniciativa é o psicólogo escolar que poderá tomar a iniciativa de comunicar a necessidade dessas providências aos pais dessa criança e de atuar como mediador entre os familiares e os diferentes profissionais que participem dessa avaliação diagnóstica. Programa remediativo de suporte psicopedagógico elaborado com base no diagnóstico diferencial em dislexia, poderá, também, ser aplicado com a participação cooperativa do psicólogo escolar, com formação em dificuldades de aprendizado.

O papel do psicopedagogo na atuação com o dislexo
Fazendo parte de um contexto múltiplo e diversificado onde as diferenças denotam a grandiosidade dos desafios, o psicopedagogo, em um primeiro momento, deve possuir um olhar amplo da realidade, livre de qualquer preconceito. Isto tudo está intrínseco nos grandes nortes da Psicopedagogia em seus anseios de compreender e ajudar o outro: “A Psicopedagogia em seu desejo de conhecer mais sobre o outro, para poder ajudá-lo a vencer suas dificuldades, superar seus problemas de aprendizagem e compreender os elementos que interferem nesse processo, em busca da autoria de pensamento, tem como seu maior desafio: aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a ser”. (Azevedo, 2004)
Partindo do pressuposto que a Psicopedagogia deve possuir essa versatilidade, ao direcionar o olhar para os sujeitos que manifestam sinais dessa dificuldade da aprendizagem, procura entendê-los a partir de seu universo percebendo os níveis de desorientação causados pelas habilidades naturais. Nesse sentido, antes mesmo de emitir qualquer julgamento, a Psicopedagogia procura ser um apoio profícuo, oferecendo amparo através de uma orientação que possibilite, além do aprendizado, que os sujeitos possam se manifestar sobre como se sentem, OLHO e quais os esforços que podem desprender para melhor lidar com esse distúrbio.
Tendo como referência os pressupostos acima evidenciados cabe ao psicopedagogo manter em relação ao dislexo um olhar atento, uma escuta sensível e intervenções pautadas numa postura ética, compreensiva e, acima de tudo, baseada num profundo respeito pelo aprendente.

Algumas Considerações

Quando iniciou-se esta investigação, tinha-se em relação à temática inúmeras dúvidas e algumas hipóteses. A partir da realização do estudo pode-se expor algumas considerações que foram reforçadas como pertinentes no decorrer da pesquisa.
Uma primeira idéia reforçada foi de que a dislexia consiste numa alteração nos neurotransmissores cerebrais que impedem uma criança de ler e compreender com a mesma facilidade com que o fazem as crianças da mesma faixa etária. Isso porque dentro do córtex cerebral existem lobos e o lobo parietal é o responsável pela compreensão e interpretação da linguagem, havendo lesão nesse local irá interferir na aprendizagem.
Os disléxicos compartilham habilidades e se não forem destruídas pelos pais e professores eles possuirão uma inteligência acima do normal e terão uma extraordinária criatividade, e pode ser contornada e aliviada se tiver um acompanhamento adequado e direcionado às condições de cada caso.
Chama-se a atenção para termos certo cuidado e não fazermos diagnósticos precipitados e preconceituosos em relação aos disléxicos. Também é necessário antes de qualquer suposição, buscar auxílio, em uma clínica com âmbito da reprogramação postural e psicomotricidade e apoio psicopedagógico especializado.
Enfim, pais e professores precisam estar atentos e ser orientados para que a criança não perca sua auto-estima, estimulando sua autoconfiança e destacando suas competências em outras áreas, como a música, artes, esportes etc., facilitando a forma de aprender e encontrando o método mais adequado.

Referências bibliográficas:

AZEVEDO, Cleomar [et al]. Psicopedagogia: contribuições para a educação pós-moderna. Petrópolis: Vozes, 2004.CROSSMAN, A.R & NEARY, D. Neuroanatomia. Traduzida por Editora Guanabara Koogan S.A. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabarra Koogan, 2002.

DAVIS, Ronald D & BRAUN, Eldon M. O Dom da Dislexia. O Novo Método Revolucionário de Correção da Dislexia e de outros Transtornos de aprendizagem. Tradução de Ana Lima e Garcia Badaró Massad. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.

GREENBERG, David A.& AMINOFF, Michael S. & SIMON, Roger P.Neurologia Clínica. 2ª ed., POA: Artes Médicas, 1996.
MARTINS, Vicente. Dislexia e Educação Especial. In: BELLO, José Luiz de Paiva. Pedagogia em Foco. Disponível em: <> Fortaleza, 2001. Acessado em 19 de setembro de 2005.
PENNINGTON, Bruce F. Diagnósticos de Distúrbios de Aprendizagem. São Paulo: Pioneira –, PHD 1997, p.47.
Carla Caus Pereira
Pedagoga pela UPF (Universidade de Passo Fundo). Acadêmica do Curso de Psicologia 3º semestre e do Curso de Psicopedagogia Clínica e Escolar da Faculdade da Serra Gaúcha.

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