segunda-feira, 8 de março de 2010

Da escrita pré-silábica a escrita alfabética

Situações didáticas envolvendo os níveis de escrita: Da escrita pré-silábica a escrita alfabética

Intervenções clínicas usando:

1. LETRAS

Letras do alfabeto: Jogos de alfabeto de materiais e tamanhos diferentes. Letras móveis para o/a aluno/a montar espontaneamente palavras. Bingo e memória de letras. Atividades de escrita com letras.

Nomeação e identificação: Criar tiras com o alfabeto e figuras para serem materiais de consulta.

Análise das formas posições das letras: Atividades de escrita para o/a aluno/a analisar, por exemplo, quantas pontas têm o H, quantas retas e utiliza no traçado do A, M, E, , quantas curvas temas letras C, P, etc.

Valor sonoro – relação letra/som: jogos de memória com figura e letra inicial. Bingo de figuras. Alfabeto vivo.

2. PALAVRAS

Nome próprio: Crachá com nome e foto ou desenho (auto-retrato feito pelo/a alfabetizando/a). Montar o nome com letras móveis. Bingo de nomes, de fotos e/ou auto-retrato. Dominó de nomes (letra inicial / nome). Painel de chamada com cartões de nomes.

Análise da lingüística da palavra: Letra inicial e final, número de letras, letras repetidas, vogal, consoante. Atividades de escrita com palavras.

Memorização de palavras significativas: Atividades de escrita. Listas de palavras.

Conservação da escrita de palavras: Atividades de escrita: complete, forca, enigma, “stop”, cruzadinha.Listas de palavras.

3. FRASES E TEXTOS

Sentido-direção da escrita: Produção coletiva de listas, receitas, bilhetes, recados, etc (sendo o/a professor/a o/a escriba). Ler para o/a alfabetizando/a (apontando sempre onde está lendo).

Vinculação do discurso oral com texto escrito: Leitura de história e reescrita espontânea individual ou produção coletiva. Escrita de história vivida pelos/as alunos/as.

Junção de letras na formação das sílabas: Listas de palavras. Atividades de escrita: complete, forca, enigma, “stop”, cruzadinha.

Intervenções de acordo com os níveis de hipóteses de Escrita

ESCRITA PRE-SILÁBICA

  • Iniciar pelos nomes dos/as alfabetizandoas escritos em crachás, listados no quadro e/ou em cartazes.
  • Trabalhar com textos conhecidos de memória, para ajudar na conservação da escrita.
  • Identificar o próprio nome e depois o de cada colega, percebendo que nomes maiores podem pertencer às crianças menores e vice-versa;
  • Organizar os nomes em ordem alfabética, ou em “galerias” ilustradas com retratos ou desenhos;
  • Criar jogos com os nomes: “lá vai a barquinha”, dominó, memória, boliche, bingo;
  • Fazer contagem das letras e confronto dos nomes;
  • Confeccionar gráficos de colunas com os nomes seriados em ordem de tamanho

(número de letras).

  • Fazer estas mesmas atividades utilizando palavras do universo dos/as alfabetizandos/ as: rótulos de produtos conhecidos ou recortes de revistas (propagandas, títulos, palavras conhecidas).
  • Classificar os nomes pelo som ou letra inicial, pelo número de letras, registrando-as.
  • Copiar palavras inteiras;
  • Contar número de letra ou palavra de uma frase;
  • Pintar intervalos entre as palavras;
  • Completar letras que faltam de uma palavra;
  • Ligar palavras ao número de letras e a letra inicial;
  • Circular ou marcar letra inicial ou final;
  • Circular ou marcar letras iguais ao seu nome ou palavra-chave.
  • Produção de textos, ditados, listas.

ESCRITA SILÁBICA

  • Fazer listas e ditados variados (de alfabetizandos/ as ausentes e/ou presentes, de livros de histórias, de ingredientes para uma receita, nomes de animais, questões para um projeto).
  • Trabalhar com textos conhecidos de memória, para ajudar na conservação da escrita.
  • Ditado de palavras do texto.
  • Análise oral e escrita do número de sílaba, sílaba inicial e final das palavras do texto.
  • Lista de palavras com a mesma silaba final ou inicial;
  • Escrever palavras dado a letra inicial;
  • Ligar desenho a primeira letra da palavra;
  • Usar jogos e brincadeiras (forca, cruzadinhas, caça-palavras);
  • Organizar supermercados e feiras; fazer “dicionário” ilustrado com as palavras aprendidas, diário da turma, relatórios de atividades ou projetos com ilustrações e legendas;
  • Propor atividades em dupla (um dita e outro escreve), para reescrita de notícias, histórias, pesquisas, canções, parlendas e trava-línguas.
  • Produção de textos, ditados, listas.

ESCRITA SILÁBICA ALFABÉTICA

· Ordenar frases do texto;

· Completar frases, palavras, sílabas e letras das palavras do texto;

· Dividir palavras em sílabas;

· Formar palavras apartir de sílabas;

· Ligar palavras ao número de sílabas;

· Produção de textos, ditados, listas.

ESCRITA ALFABÉTICA

  • Investir em conversas e debates diários.
  • Possibilitar o uso de estratégias de leitura, além da decodificação.
  • Considerar o “erro” como construtivo e parte do processo de aprendizagem.
  • Produção coletiva de diversos tipos de textos.
  • Análise lingüística das palavras.
  • Reescrita de texto (individual / coletiva).
  • Revisão de texto.
  • Atividades de escrita: complete, forca, enigma, stop, cruzadinha, lacunado, caça-palavra.

É de fundamental importância que o/a Psicopedagogo/a:

  • Iniciar o processo de alfabetização com textos que os/as alfabetizando/as conheçam de memória, para ajudar na conservação da escrita e na relação entre o escrito e o falado Ele/a deverá sugerir que as crianças acompanhem a leitura com o dedo, apontando palavra por palavra.
  • Trabalhar com modelos estáveis de escrita, como, por exemplo, lista de palavras do texto, para que se possa conservar a escrita.
  • Fazer sempre a análise e a reflexão lingüística das palavras, confrontando as hipóteses de escrita dos/as alfabetizandos/as com a escrita convencional, ou seja, entre o padrão oral e o padrão escrito.
  • Propiciar atos de leitura e escrita para as crianças para que elas aprendam ler lendo e a escrever escrevendo, por meio de atividades significativas e contextualizadas. Elas deverão ler textos mesmo quando ainda não sabem ler convencionalmente, apoiando-se inicialmente na memória e ilustração.
  • Trabalhar em pequenas equipes, agrupando os/as alfabetizandos/as conforme os níveis próximos de escrita. Isto garante que crianças com diferentes níveis possam confrontar suas hipóteses, gerando conflitos cognitivos e avanços conceituais.
  • Propor atividades, por meio de situações problemas, que as crianças possam resolver e colocar em jogo o que sabem, para aprender o que ainda não sabem. Isto garantirá o trabalho com a auto-estima e o autoconceito dos/as alfabetizandos/as, que são imprescindíveis para o processo de aprendizagem. Porém, evitar que crianças com o mesmo nível de escrita sejam agrupadas entre si, já que a intenção do agrupamento heterogêneo é interação e a troca de conhecimentos entre os/as alfabetizandos/as com diferentes hipóteses de escrita.
  • Na sala de atendimento deve conter: cartazes com o alfabeto escrito em letras maiúsculas e minúsculas, cursiva e bastão; só com as vogais, só com as consoantes; com os números; com o nome da escola e do/a professor/a; Listas com os nomes dos/as alfabetizandos/as, dos/as aniversariantes, palavras, frases e textos (que circulam socialmente) trabalhados. Em outras palavras, fazer da sala de aula um ambiente rico em atos de leitura e escrita, que é propício para a alfabetizar letrando, isto é, ensinar ler e escrever por meio das práticas sociais de leitura e escrita.
  • REFERENCIAS:


BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC, 1997.

FERREIRO, Emilia e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.

KAUFMAN, Ana Maria & RODRIGUEZ, M.H. Escola, Leitura e Produção de Textos. Porto Alegre: Artmed Editora.

TEBEROSKY, Ana. Psicopedagogia da linguagem escrita. Campinas. Editora Trajetória Cultural/UNICAMP.

TEBEROSKY, Ana e TOLCHINSKY, Liliana (org.). Além da Alfabetização. A aprendizagem Fonológica, Ortográfica, Textual e Matemática. São Paulo: Editora Ática, 2002.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA – SMEC

COORDENAÇÃO DE ENSINO E APOIO PEDAGÓGICO – CENAP

ESPAÇO PEDAGÓGICO VIRTUAL: TEIAS DE CONHECIMENTOS E SABERES

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