terça-feira, 22 de dezembro de 2009

PIGET E A AFETIVIDADE

Autora: Ana Michelle da R.C. Moura.
1. Biografia de Piaget:
Jean Piaget nasceu em 1896, em Neuchâtel, Suíça e faleceu em 1980, aos 84 anos de idade.
Desde menino Piaget interessou-se por questões cientificas, estudando moluscos, pássaros, conchas Marinhas, e mecânica. Aos 10 anos, publicou as observações que fez sobre um pardal parcialmente albino e, aos 11 anos, começou a trabalhar, como assistente do diretor do museu de História Natural de sua cidade.

Concluiu seus estudos em Ciências naturais, em 1915 e, em 1918, doutorou-se nessa mesma área.
Interessado também por filosofia, encontro n leitura da obra de Bergson, A evolução criadora, elementos que o ajudaram a formular a questão à qual se dedicaria por toda vida: explicara forma pelo qual o homem atinge o conhecimento lógico-abstrato que distingue das outras espécies animais.
Embora se tratasse de uma questão meramente filosófica, a Piaget interessava abordá-la cientificamente. Ao longo do seu trabalho assumiu, então, o desafio de construir uma teoria de conhecimento baseada na biologia em que as especulações filosóficas estivessem ancoradas na pesquisa empírica. O elo que Piaget encontrou entre a filosofia e a biologia foi a psicologia do desenvolvimento.
A elaboração da teoria explicativa da gênese do conhecimento no homem levou Piaget a formular propostas teóricas e metodológicas inovadoras quanto a natureza dos processos de desenvolvimento da criança e que contrariavam as teses do inatismo-maturacionismo e do comportamentalismo.
O fundamento básico de sua concepção do funcionamento intelectual e do desenvolvimento cognitivo é o de que as relações entre o organismo e o meio são relações de troca, pelas quais o organismo adapta-se ao meio e, ao mesmo tempo, o assimila, de acordo com as suas estruturas, num processo de equilibrações sucessivas. Determinar as contribuições das atividades do indivíduo e das restrições do ambiente na aquisição do conhecimento foi o foco do seu trabalho experimental.
No período de 1921 a 1925, Piaget concentrou-se na coleta de dados que permitissem esboçar os princípios e os fundamentos de sua teoria do conhecimento. Abordou temas gerais, como a relação entre pensamento e linguagem (1923), o desenvolvimento, na criança do julgamento e do raciocínio (1924), da representação do mundo(1926), da casualidade física (1927) e do julgamento moral (1927). Esses estudos foram retomados, revistos e aprofundados ao logo das décadas seguintes.
No período d 1925 a 1931 com o nascimento de seus três filhos, Piaget dedicou-se a observação meticulosa do desenvolvimento dos bebês elaborando análises sobre a construção do real e do desenvolvimento da inteligência.
Na década de 30, ajudado por seus colaboradores, concentro a pesquisa na gênese, das noções de quantidade, número tempo, espaço, velocidade, movimento, mensuração, lógica e probabilidade. Na década de 40, abordou o desenvolvimento da percepção.
A partir dos anos 50, Piaget , voltou-se pra a sistematização teórica da epistemologia genética, deixando a seus colaboradores os estudos em psicologia. Em 1955 fundou o centro Internacional de Epstemologia Genética, onde reuniu cientistas de diferentes áreas (matemáticos, biólogos, psicólogos, lógicos), interessados em pesquisar problemas epstemológicos.
Na década de 70, já trabalhando exclusivamente nas pesquisas do Centro de Epstemologia, Piaget dedicou-se a investigação dos mecanismos de transição que impulsionam e explicam a evolução do desenvolvimento cognitivo.
Sua vasta produção é um marco de enorme importância para a psicologia e para estudos do homem no século XX.” (FONTANA e CRUZ, 1997)
2. Piaget e o desenvolvimento das emoções e afetividade:

Diante a biografia de Piaget e da grande importância de suas pesquisas não somente para a psicologia, mas também para a pedagogia, embora seu foco não tenha sido esse, Piaget fez um estudo bastante profundo quanto o desenvolvimento cognitivo, levando em consideração e pesquisando também o desenvolvimento das emoções e da afetividade nos sujeitos. E fundamenta esse desenvolvimento nas mesmas bases do desenvolvimento da inteligência.

O sujeito precisa atingir a maturidade biológica para desenvolver a sua afetividade, esse desenvolvimento está diretamente ligado aos estágios percorridos pela criança na sua teoria.
A base do desenvolvimento Intelectual está na união de aspectos cognitivos cognitivos que para os afetivos por Piaget ter escrito menos sobre esse ultimo e também por o estudo científico do aspecto afetivo ser mais difícil que o estudo das estruturas cognitivas.

Para Piaget existe como já foi citado anteriormente, um processo de Assimilação, acomodação e desequilibração pra que sejam formados esquemas de pensamentos das crianças, essa desequilibração é necessária para o desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança. O desequilíbrio ocorre quando uma experiência ou pensamento são inconsistentes com o que os esquemas da criança podem dizer no momento e a experiência ou pensamento podem esperar. Estas decisões importantes são tomadas em função do afeto. Não existem padrões de comportamentos, por mais intelectuais que sejam que não compreenda padrões afetivos como “motivos”(PIAGET E INHELDER 1969,p.158).

“Metaforicamente” falando a afetividade decide quais idéias “vivem” ou quais “morrem”(BROWN E WEISS 1987, p.80)

Para Piaget os conceitos morais são construídos da mesma forma que os conceitos cognitivos.

No 1º mês de vida é o período da atividade reflexiva. O afeto = a reflexos.

Após o 4º mês de vida a criança sai da repetição de um comportamento para uma intencionalidade.

No 2º ano de vida os sentimentos começam a ter um papel na determinação dos meios usados para alcançar os fins.(sentimentos gostar e não gostar)

Pré-operacional (2 a 7 anos): primeiros sentimentos sociais decorrentes da linguagem e representação.

Para Piaget existem três características da norma moral: a generalização; dura além das situações e das condições que a geraram e por ultimo está ligada a sentimentos de autonomia.Estas normas não estão plenamente realizadas até o estágio operacional concreto.
Nessa fase a perspectiva moral o respeito é unilateral(por autoridade).

Pré operacional: As crianças acreditam na moral do olho por olho dente por dente, como o raciocínio é semilógico o raciocínio moral também e semilógico. As regras do jogo são por adesão rígida, absolutas, imutáveis.

Operacional concreto: O raciocínio e pensamentos são mais estáveis. Os afetos adquirem uma medida de estabilidade e consistência que não apresentavam antes.
Com aquisição da reversibilidade a criança torna-se capaz de coordenar seus pensamentos afetivos de um evento para o outro.
Segundo Piaget existe dois elementos fundamentais no desenvolvimento, nessa fase, à vontade e a autonomia. Outro ponto importante e que o respeito multou rege a perspectiva moral e as regras do jogo são para um jogo correto, existe também a formação do conceito de intencionalidade.

Operações formais 11 a 12 anos em diante: O desenvolvimento afetivo caracterizado por desenvolvimento dos sentimentos idealistas e a construção da formação da personalidade, vendo a personalidade diferentemente do eu. A personalidade é resultado dos esforços individuais autônomos para se adaptar ao mundo social adulto.
Nessa fase o adolescente já tem seus próprios sentimentos ou ponto de vista sobre as pessoas.
As regras passam a ser vistas como fixadas a qualquer momento por um acordo mútuo. Sobre punição com equidade (considera-se as intenções e as circunstâncias atenuantes.)
É de suma importância para o psicopedagogo ter conhecimento dessas fases de desenvolvimento cognitivo e afetivo, assim como saber que estão estritamente ligados um ao outro. Pois muitos problemas de aprendizagem estão relacionados a esses aspectos. Sendo assim, fica mais fácil reconhecer as crianças nas respectivas fases em que se encontram e suas características.
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